Guia turístico

Semana santa: para onde ir?

8 de março de 2019

Seja você religioso(a) ou não, a semana santa é um período especial no seu ano, não é mesmo? Por motivos de fé ou apenas por gostar do feriado prolongado, os dias que antecedem o domingo de Páscoa são aguardados com muito carinho pela maioria dos brasileiros.

E se você já está pensando no planejamento da sua semana santa em 2019, a 123Milhas traz duas dicas de roteiros nacionais muito procurados para o próximo feriado: um religioso/histórico e outro essencialmente turístico. Seja qual for sua “vibe” para a semana santa, este post vai lhe dar boas inspirações de como aproveitar o seu feriado. Vem com a gente:

Ouro Preto (MG)

A mais famosa cidade histórica mineira, fundada em 1711, é destino de muitos brasileiros que buscam um refúgio religioso ou uma volta ao passado em um roteiro de dois ou três dias de viagem.

Entre um atrativo e outro, tudo remete ao período colonial. É inegável, no entanto, que as igrejas são uma das grandes atrações de Ouro Preto e fontes de interesse para os turistas que visitam a cidade. Ao todo, Ouro Preto possui dezoito templos católicos, sendo muitos deles verdadeiras obras de arte a céu aberto projetadas pelo mestre do Barroco, o famoso Aleijadinho.

Se você tem pouco tempo na cidade e quer escolher alguma(s) para visitar e acompanhar a programação especial da semana santa, esperamos te ajudar com esta seleção das principais igrejas de Ouro Preto:

Igreja de São Francisco de Assis

Considerada uma das mais importantes igrejas coloniais do país, reúne Aleijadinho, que fez o projeto, com mestre Ataíde, principal nome da pintura na época. Começou a ser construída em 1765 e foi concluída em 1771.

Igreja São Francisco
Igreja São Francisco de Assis

Basílica de Nossa Senhora do Pilar

Construída na primeira metade do século XVIII, a Igreja do Pilar – elevada a Basílica em 2012 – impressiona pela opulência: são mais de 400 quilos de ouro em seu interior. Em seu subsolo há o Museu de Arte Sacra, onde há objetos e relíquias do período colonial, como túnicas de ouro, santos diversos em madeira e marfim e móveis ricos e inacreditáveis, como uma cômoda em uma única peça de madeira, com mais de oito metros de comprimento.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Construída na segunda metade do século XVIII, tem dois altares laterais, o lavabo da sacristia e a pedra entalhada da fachada atribuídos a Aleijadinho e o altar mor é de mestre Ataíde. Um diferencial de sua arquitetura são os painéis de azulejos portugueses.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

Externamente, se diferencia bastante das demais por suas laterais ovais. Seu projeto é de autoria desconhecida e sua construção começou em 1765, em substituição à capela anterior.

Igreja de Santa Efigênia

Por estar localizada em um ponto alto, pode ser avistada de vários locais da cidade e também oferece uma linda vista panorâmica de Ouro Preto. Como muitos negros frequentavam essa igreja, em seu interior há santos negros e a pintura de um Papa, também negro. A imagem de Nossa Senhora do Rosário, na fachada, é atribuída a Aleijadinho.

Mas nem só de roteiro religioso vive o turismo em Ouro Preto. Além das visitações às igrejas e a agenda da semana santa – que inclui muito sobe e desce pelas famosas ladeiras da cidade nas procissões do período – outros atrativos convidam o visitante a viajar pelo período colonial que tanta fama trouxe à cidade histórica.

Há museus que contam a saga dos inconfidentes; visitas às minas de ouro que remontam à época da extração do mineral; passeio de maria-fumaça até à vizinha e também cidade histórica, Mariana; e passeios ecológicos e trilhas pelo Parque Estadual do Itacolomi e pelo Parque Horto dos Contos.

Como todo bom roteiro turístico que se preze, o momento das compras também tem lugar garantido para quem vai a Ouro Preto. O artesanato em pedra sabão – souvenir típico da cidade – é encontrado nas principais feiras, como a do Largo de Coimbra (em frente à Igreja de São Francisco de Assis) e a da Associação dos Artesãos de Ouro Preto (Avenida Padre Rolim), que funcionam todos os dias.

Gramado (RS)

A mais turística cidade da serra gaúcha é puro charme em todas as épocas do ano. Na véspera da Páscoa, então, Gramado faz um convite irresistível aos amantes de chocolate. Afinal, a Páscoa tem tudo a ver com Gramado e Gramado tem tudo a ver com chocolate.

Gramado
Gramado

Não é à toa que o período que vai da quaresma ao domingo de Páscoa já é segundo mais procurado por turistas de todo canto do país que buscam Gramado como destino dos sonhos, só perdendo para o chamado Natal Luz, evento que acontece de novembro a janeiro. Surfando nessa onda, a prefeitura local tem apostado nos últimos anos em uma sofisticação cada vez maior das festividades de Páscoa.

As comemorações incluem desfiles pelas ruas, peças teatrais, oficinas de guloseimas e passeios temáticos, entre outras atrações. Os hotéis também têm programações especiais, como caças aos ovos, que fazem a alegria da criançada.

Todas as mais famosas grifes de chocolate artesanal do país nasceram em Gramado e têm na Páscoa o seu Natal, em termos de vendas. Quilos e mais quilos do mais puro “ouro negro gramadense” são fabricados e comercializados nas mais variadas formas e apresentações. Um delírio aos sentidos e um pesadelo para quem vive brigando com a balança.

Centro de Gramado

Além de todos os atrativos que o período da Páscoa oferecem ao turista, a semana santa é o primeiro feriado friozinho do ano e, para quem está com saudades do inverno, visitar a cidade nessa época é garantia de ter que usar uma manguinha comprida, pelo menos à noite.

Passeios quase infinitos convidam o turista a gastar sola de sapato e dinheiro – já que muitas são as atrações da cidade gaúcha que cobram um valor, digamos, salgado, em comparação à média de gastos com passeios turísticos Brasil afora. Por isso, mesmo que sua viagem a Gramado seja curta – coisa de dois a três dias, na semana santa – programe-se e planeje seu orçamento para curtir seu roteiro da forma mais mão aberta possível.

Para quem vai à cidade da serra gaúcha alguns roteiros são indispensáveis: o esplendoroso Lago Negro; o encantador Mini Mundo; a Snowland – um parque de diversões indoor feito de neve de verdade; o Parque Knorr – onde encontra-se a permanente Aldeia do Papai Noel; os diversos museus de tudo o que você possa imaginar – no melhor estilo das famosas atrações de beira de estrada dos Estados Unidos, com a diferença de que estão todas concentradas no mesmo endereço; o jardim das lavandas; os cafés coloniais – uma perdição culinária; as casas de fondue – outra orgia calórica; sem falar nos inúmeros restaurantes e bistrôs que fazem a alegria dos amantes da boa gastronomia.

O roteiro de compras não poderia ser o mais diverso. Destaque para as lojas da charmosa Rua Coberta, para as lojas de artigos em couro legítimo e para as famosas fábricas de cristal e de perfume gramadense.

Ir a Gramado, especialmente na semana santa, é certeza de duas coisas: encantamento e quilos a mais na viagem de volta.