
Um mix de história e diversão na maior cidade da Nova Zelândia
Por Raphael Ursino
Depois das aventuras por Rotorua, um incrível lugar cheio de atividades vulcânicas (releia aqui), partimos para Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia. Vale explicar aqui uma curiosidade: Você sabia que quem nasce na Nova Zelândia é chamado de kiwi? Este é o nome do pássaro-símbolo do país, e que, inclusive, inspirou o nome da fruta.

Vista panorâmica de Auckland
Auckland é uma bela cidade, bastante organizada e limpa. Pelas ruas do centro podemos ver pessoas do mundo inteiro. Europeus, americanos, sul-americanos e muitos asiáticos se misturam aos nativos Maoris.
A Nova Zelândia é um destino bastante conhecido pela prática de esportes radicais, como bungee jump, montanhismo, paraquedas, snowboard, dentre outros. Em Auckland o que não faltam são opções para os mais aventureiros.

Bungee jump na Sky Tower
Escolhemos ficar hospedados em uma área central da cidade, para facilitar o acesso às principais atrações. No hostel, conhecemos o Cristiano, um brasileiro que mora em Auckland há muitos anos, e que nos passou algumas dicas de lugares para conhecer e também onde comer.
Começamos pela famosa Sky Tower, uma torre de comunicação e também de observação, com 328m de altura. É um dos ícones de Auckland, podendo ser vista de vários pontos. Um elevador panorâmico dá acesso ao topo, e a vista lá de cima é de 360º.
Após admirar a belíssima paisagem saboreando um vinho no restaurante da torre, que tal descer pulando? Para quem curte adrenalina, o SkyJump é uma ótima pedida. O salto é feito com um cabo de aço e a queda chega a 85 quilômetros por hora em apenas 11 segundos. E aí, vai encarar? Tem também o Skywalk, um passeio guiado nas bordas da cúpula da torre. E tem mais: Embaixo da Sky Tower existe ainda um cassino, ou seja, essa atração no centro de Auckland oferece entretenimento, diversão e aventura em um só lugar. Imperdível!

A Sky Tower possui 328m de altura
Auckland é conhecida como a cidade das velas. Os ventos, totalmente favoráveis, aguçam ainda mais a vontade dos neozelandeses, que adoram esportes marítimos. Grande parte da população possui barcos, lanchas ou até mesmo canoas. Ao olhar para o mar, sempre avistamos alguém velejando.

Auckland é conhecida como a cidade das velas
Além das opções de lanchas e catamarãs que saem do Porto de Auckland para o outro lado da baía, também é possível fazer a travessia a pé ou de carro pela Harbour Bridge. Ah, essa ponte é usada também para saltos de bungee jump a uma altura de 40m. Eu não encarei!

Harbour Bridge
Pegamos um barco e, depois de 25 minutos de navegação, chegamos à região de Devonport, um lugar muito agradável, com grandes opções de comércio e entretenimento.
Em Devonport resolvemos visitar o Monte Maungauika. Lá existe um pequeno museu que conta a história do monte, que já foi um forte militar para proteger a Nova Zelândia contra invasões russas. O local possui mais de 120 anos de história e é bastante significativo para o país, já que apresenta uma grande variedade de instalações de defesa.

Entrada de Devonport, que fica do outro lado da Baía de Auckland

Forte de Auckland
Na volta do passeio por Devonport, de dentro do barco, fomos contemplados com um pôr do sol de tirar o fôlego.

Uma vista privilegiada do pôr do sol de Auckland
Brasil x Alemanha
Passados três dias da nossa chegada a Auckland, resolvemos mudar de hospedagem e também reservar um tempo para curtir as praias da cidade, pois já tínhamos desbravado bem as atrações turísticas. No novo hostel, dividimos um quarto com dois alemães e um francês, e acabamos fazendo amizade com o Jürgen, um alemão que também estava viajando pela Nova Zelândia. Ele saiu com a gente algumas vezes e até jogamos futebol na praia, fazendo uma partida entre Brasil e Alemanha. Vocês acreditam que nós perdemos? Bom, eu prefiro usar a desculpa de que o nosso preparo físico não estava em dia (risos). Mas vale ressaltar que o placar não foi 7×1, hein!
Queima de fogos e uma pitada de sorte
A Nova Zelândia foi o último país do mochilão de três meses que fizemos pela Ásia e Oceania. Planejamos tudo para que o Natal e o Reveillon fossem em Auckland. O Natal não foi muito agitado, pois a cidade estava vazia e sem opções de vida noturna, já que é uma celebração mais familiar. Já a noite do dia 31 de dezembro foi totalmente diferente. Nos enturmamos no meio de uma galera de argentinos, alemães, ingleses, franceses e pessoas de outros países, e fomos ver a tradicional queima de fogos da Sky Tower.

Tradicional queima de fogos da Sky Tower
Após a virada do ano, milhares de pessoas saíram pela cidade à procura de uma festa para esticar a noite e dar boas-vindas ao ano novo. Resolvemos ir a uma boate, mas a entrada custava R$10 dólares neozelandeses. Para um mochileiro que já estava há três meses na estrada, aquele preço era considerado alto. Sendo assim, enquanto aguardava na fila, fui pensando se deveria, ou não, investir aquele valor para algumas horas de festa. Quando eu já estava quase decidido a voltar para o hostel, olhei para o chão e vi um pedaço de papel amassado. As cores me chamaram atenção e resolvi agachar para ver melhor. Peguei aquele papel todo pisoteado, e quando abri, não acreditei. Era uma cédula de R$10 dólares neozelandeses. Que sorte! Pronto, festa garantida. Bela forma de começar o ano, hein!
Depois de duas incríveis semanas no país dos Kiwis, deixamos a Nova Zelândia com um gostinho de quero mais.
Releia aqui a primeira parte dessa viagem, na vulcânica cidade de Rotorua!