
A maior cidade da Ilha de Java
Por Raphael Ursino
Uma metrópole movimentada, com diversidade religiosa, cultural e muito acolhedora. Assim é a maior cidade da Ilha de Java, na Indonésia. Dê o play e confira:
Uma curiosidade
Você sabia que a Indonésia, no sudeste da Ásia, é o maior arquipélago do mundo? Ele é formado por mais de 17 mil ilhas, com cada cenário mais bonito e surpreendente que o outro, no quesito natureza.
Apesar de as paradisíacas praias de Bali e a região vulcânica de Sumatra serem os destinos mais procurados pelos viajantes do mundo inteiro, resolvi sair um pouco dessa rota turística e conhecer o cotidiano da comunidade local, em uma grande cidade.
Conhecendo a capital
Desembarquei na vibrante Jacarta, a capital do país, cercada de arranha-céus misturados a prédios antigos. A minha caminhada começou pelos arredores do albergue, onde, antes mesmo de chegar ao centro, o barulho e o agito já tomavam conta do cenário. Pedestres, carros, muitas motos, ônibus e Tuk-Tuks disputando o espaço.

Ônibus, motos e Tuk-Tuks disputando o espaço no trânsito de Jacarta
Este ônibus funciona?
Bom, se a ideia era vivenciar a cultura bem de perto, resolvi entrar em um ônibus coletivo, com diversos nativos. A experiência, no início, foi meio assustadora, mas me acostumei rápido (risos).
Imagina um ônibus com motorista de chinelo, painel sem velocímetro, teto com buracos, cadeiras quebradas e que, ainda por cima, anda com as portas abertas e pessoas dependuradas do lado de fora. Imaginou? Tudo isso eu vi a bordo do coletivo.
Sem falar dos artistas que entravam toda hora para cantar e tocar violão. Foi uma ótima oportunidade para conhecer um pouco da música local.
Depois de vinte minutos no ônibus, desci para conhecer a primeira atração de Jacarta, o Monumento Nacional.

Artistas cantando e tocando violão no ônibus
Monas, símbolo da Independência
Construído em 1961 para comemorar a independência da Indonésia sobre a Holanda, o Monas (Monumento Nacional) é um imponente obelisco de 137 metros de altura, feito com mármore italiano.

O Monas possui 137 metros de altura e foi feito com mármore italiano
No topo, fica uma labareda folheada a ouro que pesa 50 quilos. É possível admirar a cidade lá de cima, mas infelizmente, o elevador estava estragado no dia em que eu visitei o lugar.
Pude conhecer somente o museu, aberto diariamente, que conta um pouco da história do país através de maquetes, quadros e exposições.

Um dos painéis do museu dentro do Monumento Nacional
Mesquita Nacional
Uma experiência imperdível em Jacarta é a Mesquita Nacional, que é a terceira maior mesquita do mundo, com capacidade para quase 200 mil pessoas. O lugar é bonito e muito bem decorado.

Entrada da Mesquita Nacional

A Mesquita Nacional é a terceira maior mesquita do mundo
Como eu estava de bermuda, ou seja, fora dos padrões aceitáveis para visitar o templo, eles me emprestaram uma vestimenta tradicional para frequentar as dependências internas. Achei a experiência muito interessante.
Diversidade religiosa
Logo em frente à mesquita, fica a Catedral de Jacarta, dedicada à Nossa Senhora da Assunção. Curioso, né? A ideia de ter dois templos de religiões distintas em frente um ao outro é mostrar a diversidade religiosa no país, onde é possível a convivência pacífica entre todas elas.

A Catedral de Jacarta é dedicada à Nossa Senhora da Assunção
Sede do governo nacional
No centro da cidade, um casarão branco me chamou atenção. Não pensei duas vezes e comecei a fazer várias fotos e vídeos. Só depois fui saber que se tratava do atual Palácio Presidencial de Merdeka, sede do governo da Indonésia.
Anteriormente, o prédio serviu de moradia para o governador-geral das Índias Orientais Holandesas durante o período colonial, passando a ter o nome atual em 1949. O nome Merdeka, na língua indonésia, significa liberdade e independência
A entrada no palácio não é autorizada, mas valeu o registro da fachada, que é toda branco e muito bonito.

Palácio Presidencial da Indonésia
Um turismo diferente
A capital da Indonésia é um destino que o propósito da visita é conhecer e experimentar a cultura local, dialogar com as pessoas e observar o seu modo de vida. Essa é a verdadeira riqueza que eu pude vivenciar na maior cidade da Ilha de Java.