Onde ir em Londrina: os melhores destinos da capital do café
Londrina é uma cidade contemporânea com cenário de trama de época. As ruas arborizadas, os casarões do período áureo do cultivo do café e a tranquilidade interiorana enganam. É o segundo maior município do Paraná, atrás apenas da capital Curitiba. Neste texto, descubra o destino e onde ir em Londrina.
A maioria dos turistas viajam a negócios para lá. Também não é para menos: é a segunda maior economia do estado. A movimentação reflete na excelente infraestrutura hoteleira e gastronômica local. É um destino recomendado para viagens em família e também para quem busca badalação.
Reserve, pelo menos, quatro dias para conhecer o município. Dá até para esticar para Curitiba, localizada a 381 km de distância, e para a vizinha Maringá, a 99 km. Siga as dicas da 123milhas e prepare as malas. Vale a pena!
História
Fundada em 1934, Londrina é cheia de vocações turísticas. Mistura comida boa, museus, templos budistas, eventos e amplos parques ecológicos. É famosa pela qualidade de vida do município, com meio milhão de habitantes, grande parte deles descendentes de ingleses.
E é por conta da forte influência da Inglaterra na colonização da cidade que ela foi batizada de Londrina. Por isso, também é conhecida como a “pequena Londres”. No entanto, diferente da capital britânica, onde o hábito é de tomar chá, nesse destino a principal bebida é o café. Além do mais, a abundância de terra roxa da área permitiu a expansão das lavouras.
O café foi importante para o desenvolvimento de Londrina
Já foi chamada de “Capital Mundial do Café”, com a chegada dos estrangeiros no início do século 20 no norte do Paraná. Muitos enriqueceram com o plantio do grão. Em busca de prosperidade, mineiros e paulistas também migraram para ela, na tentativa de escapar das pragas que faziam estragos nos cafezais.
Na década de 1950 a cidade despontava no mercado mundial com o “ouro negro”, mola propulsora da economia do estado. Com um crescimento acelerado nas últimas décadas, Londrina virou a terceira principal cidade do Sul do Brasil, depois de Curitiba e Porto Alegre.
Quando ir em Londrina
O clima em Londrina costuma ser ameno e agradável o ano inteiro, ideal para viajar. Além dos vários atrativos da cidade para você colocar no seu roteiro, inclua também os grandes eventos que ela recebe.
Um deles é a principal categoria do automobilismo brasileiro, a Stock Car. Então, veja se tem corrida agendada no Autódromo Ayrton Senna no período da sua viagem.
A ExpoLondrina, maior feira de agropecuária da América Latina, é a grande atração em abril. Para quem não dispensa um bom cafezinho, no mês de maio acontece a Semana do Café. O evento é cheio de atrações musicais e degustação de cafés especiais.
O movimento toma conta dos teatros, centros culturais e praças durante o Festival Internacional de Teatro (Filo), que ocorre em junho. Outro importante momento cultural é o Festival Internacional de Música de Londrina, com shows e atividades pedagógicas.
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O Festival Internacional de Teatro (Filo) apresenta desde peças teatrais gratuitas a espetáculos aclamados pela crítica, com atores como Fernanda Montenegro
Parques e praças
Londrina é repleta de áreas verdes espalhadas ao longo de sete milhões de metros quadrados, o dobro do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além de outras 240 praças. Dá para fazer piquenique, caminhar à beira de lago, praticar atividade física e brincar com as crianças.
O Jardim Botânico é considerado uma das mais belas áreas verdes da cidade. O Parque Arthur Thomas é o principal da região. O lago é cercado por uma floresta dentro da cidade. Entre as atrações do local, estão uma usina desativada, uma cachoeira e trilhas para passeios. Já a Praça Tomi Nagawaka é bastante disputada por conta do belo pôr do sol.
Parque Arthur Thomas tem uma das últimas áreas florestais de Mata Atlântica do norte do Paraná
O Bosque Marechal Cândido Rondon fica ao lado da Catedral Metropolitana. Há pista de caminhada nos seus 20 mil metros quadrados de área. O mais distante deles é o Parque Ecológico Daisaku Ikeda, um ótimo passeio de fim de semana.
Localizado a 12 km do centro de Londrina, preserva a antiga Usina Três Bocas. A vegetação é composta por matas nativas onde habitam 96 espécies de pássaros, 12 de mamíferos, 32 de répteis, além de vários peixes e anfíbios.
Vilas gastronômicas
Espaços “Food Hall” se espalharam por Londrina. Essas vilas gastronômicas com gastronomia mais artesanal e autoral têm raízes no Reino Unido. Nem precisa lembrar que a influência inglesa é forte na cidade, né?
Siga para a rua Ernani Lacerda de Athayde, 120, onde fica a Doca 120. No espaço tem comida japonesa, mexicana, chinesa, poke havaiano, massas, burgers e assados na brasa.
Outra vila gastronômica aconchegante para fazer uma boquinha é o Jardim Fratelli, localizado na avenida Garibaldi Deliberador, 869. Reserve um final de tarde para ir até lá tomar chope gelado, vinho ou sucos. As opções para comer são pizza e sanduíches.
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Há seis opções de food hall em Londrina, com diversidade gastronômica e música ao vivo
Na rota dos endereços que prometem excelente experiência gastronômica estão na Praça Londrina, Park Conteiner, Sabor e Ar e Vila Mossoró.
Rota do Café
Conhecida como “Capital do Café”, Londrina faz parte da rota turística no norte do Paraná destinada à preservação da história e da cultura cafeeira. A cidade convida a sentir o aroma e experimentar a bebida. Apenas nela há 13 atrativos onde o viajante pode desacelerar e jogar conversa fora. E, claro, conhecer mais sobre o processo produtivo nos cafezais e curiosidades da região.
As cafeterias são um excelente ponto de partida para degustar a gastronomia especializada no grão. Os museus da Sociedade Rural do Paraná e Histórico de Londrina guardam a memória da importância cafeeira.
Fazendas nos arredores de Londrina
Criada em 2009, a Rota do Café conta com 35 atrativos para o turista montar o roteiro pelo norte do Paraná. Todos eles ficam dentro de um raio de 200 km de distância de Londrina. É o principal circuito de turismo que integra a cidade.
Para o visitante que pretende ficar mais tempo e em contato com a natureza, ainda existe uma fazenda centenária que mantém a estrutura intacta, montada em 1904. A Fazenda Monte Bello é um excelente destino. Em Ribeirão Claro, a 187 km de Londrina, o proprietário recebe os turistas e conta a história da família.
No passado, a propriedade rural foi uma das maiores lavouras da região. Plantava um milhão de pés de café em 120 alqueires. Até hoje conserva as instalações e os equipamentos usados na colheita, armazenamento e moagem do grão. Além de conhecer cada uma delas, o refúgio oferece trilha por uma área de Mata Atlântica e serve delicioso café.
A Rota do Café inclui visita a cafezais, degustação da bebida e hospedagem em fazendas produtoras por 16 cidades.
Legenda:
Vinícola Casa Müller
Programe uma visita à Vinícola Casa Müller, um sítio que produz artesanalmente vinhos coloniais e morangos orgânicos. Os melhores meses para conhecer o local são junho e julho, época em que as parreiras estão abarrotadas de cachos. Entre novembro e dezembro é período de colheita.
Mais de 10 mil garrafas de vinho ao ano são produzidas na Vinícola Casa Müller
Crédito: Reprodução/ Matraqueando
Durante o passeio, os produtores Seo Eloy e Dona Cleide explicam como é feita a produção da uva, além do processo de fabricação do vinho. Um sommelier orienta sobre o sabor e aroma da bebida que pode ser provada no local. A propriedade rural fica a 17 km de Londrina, no distrito da Warta. Agende visita pelo e-mail [email protected]
Reserva Indígena e Salto do Apucaraninha
É isso mesmo. Basta afastar um pouco dos arranha-céus de Londrina para conhecer a reserva Apucaraninha, pertencente aos Índios Kaingang, a cerca de 80 km do centro da cidade. Também é lá que fica a cachoeira Salto do Apucaraninha, com queda d’água de 116 metros de altura e 50 metros de largura. Para visitar o local é preciso solicitar autorização à Fundação Nacional do Índio (Funai).
Cerca de 1.200 indígenas vivem nessa área. Cultivam arroz, feijão, milho e palmito pupunha. As famílias também produzem cesto de frutas e de pão, arco e flecha. Dá para comprar os objetos com os próprios índios.
Salto do Apucaraninha tem 116 metros de altura, localizado entre Londrina e Tamarana
Para ir à reserva Kaingang, siga de carro ou bicicleta pela Rodovia Celso Garcia – PR 445. Na altura do distrito de Lerroville, pegue a estrada rural que leva até a cachoeira. A chegada é feita na parte superior da serra. Lá do alto existe um mirante para apreciar as belezas da água e da região.
Agora que você já sabe a história de Londrina e as melhores épocas para viajar, está na hora de descobrir as atrações incríveis que aguardam você no destino. Continue a leitura do post sobre o que fazer em Londrina, com a 123milhas.