Destinos de férias internacionais para quem não curte praia
A 123milhas sabe que apesar de serem lugares muito buscados no verão, não é todo mundo que se encaixa no estilo de viagens “praiano”. Por isso, se você está planejando aproveitar um tempo afastado de regiões litorâneas, selecionamos excelentes opções de destinos internacionais de férias para quem não curte praia!
Marrocos
O país das especiarias orientais, dos montes e desertos, dos costumes milenares e de uma gastronomia única em cores e aromas. Marrocos é um lugar com uma infinidade de motivos para conhecer.
Marrakech
Entre os pontos mais impressionantes desse destino está Marrakech, uma antiga cidade murada medieval, com ruas labirínticas, datada do Império Berbere. É lá que ficam os mais movimentados souks e um grande comércio de tecidos, cerâmicas e joias tradicionais.
Deserto do Saara
Tire um tempo para visitar as medinas, mesquitas, jardins e palácios do local. Saindo de Marrakech até a aldeia de Merzouga, você ainda pode curtir uma noite no Deserto do Saara. O passeio tem direito a tendas bem equipadas e camas confortáveis.
O espaço fica em uma área ao leste, aproximadamente a 600km do centro de Marrakech. O percurso de cerca de 10h de viagem até o deserto é especial pois contempla paradas para dormir em povoados como o de Ouarzazate, cidade conhecida pelas construções ancestrais feitas de uma mistura de barro e palha.
É uma viagem impressionante e bem tranquila de se fazer, com muita sinalização e estrada segura. Além disso, você vai poder conhecer as montanhas e os diferentes solos típicos da região.
No Saara a programação é visitar as dunas de areia, andar de camelo e experimentar um jantar delicioso preparado pelos moradores. De lá também é possível observar um espetacular céu estrelado e, mais à entrada do local, ver as cabras selvagens nos galhos de árvores tentando a sorte de encontrar frutos.
Arquitetura e Gastronomia no Marrocos
Marrocos também é um destino surpreendente para apreciar arquitetura e gastronomia.
Os padrões geométricos elaborados com revestimento mosaico de cerâmica se destacam na paisagem. Encante-se, entre outras coisas, com o design dos ornamentos que levam a caligrafia islâmica com versos do Alcorão.
Você vai perceber que o estilo das mesquitas, riads (casas tradicionais), souks, muralhas, kasbahs (cidades fortificadas), palácios e medersas (escolas) se diferem. No entanto, o conjunto arquitetônico marroquino cria um ambiente repleto de cores e cenários com pátios abertos e jardins majestosos que são simplesmente memoráveis em uma visita.
Já no campo da gastronomia, fazem sucesso o cuscuz e o pão marroquino de trigo. Estes vão bem do início ao fim do dia. Mas você deve experimentar também um tagine, prato típico que consiste em um cozido de legumes, que pode ser de frango, kafta com ovos, cordeiro com frutas secas, há também opções vegetarianas, entre outras muitas combinações tradicionais e fortemente temperadas. Tagine também é o nome da panela e é indicada justamente para receitas com cozimentos lentos, acentuando o sabor e aromas dos alimentos. Isso porque tem uma tampa cônica que faz com que o vapor do alimento condense e volte ao fundo da panela.
Quase sempre as refeições marroquinas são acompanhadas por oleaginosas típicas da região, tais como castanhas, amêndoas, figos e damascos. Além disso, essa é uma culinária refinada, combinação de interações e grandes trocas culturais. Por isso, há uma variedade imensa de produtos, entre eles muitas frutas e legumes.
Na seção das carnes destacam-se o consumo de bovinas, peixes, carneiro, além de cortes mais exóticos, como coelho e camelo. O sabor inconfundível da gastronomia mediterrânea no Marrocos, então, fica por conta desse combinado que ainda acompanha muito azeite prensado a frio, picles de limão, saladas quentes e frias e demais iguarias aromáticas.
Mas se você prefere as delícias açucaradas, os doces marroquinos poderiam ser considerados obras de arte e figuram entre as maravilhas do lugar. Afinal de contas, com tanta riqueza de especiarias e um forte costume de receitas com massa folhada, as sobremesas no Marrocos são um presente para os olhos e o paladar.
A base dos preparos são principalmente a farinha, a semolina, as nozes, o mel, a canela e o açúcar. Sirva-se de baklava, chebakias, briwats, makrud, entre outras guloseimas elaboradas em massa filo, caramelizadas e cobertas por sementes de gergelim.
Não se esqueça que durante o Ramadã, mês sagrado para o islamismo, os muçulmanos do Marrocos guardam o tempo de um mês em jejum. Dessa forma, se você for se alimentar em espaços não turísticos pode encontrar os restaurantes fechados durante o horário de almoço.
Nesse período também é legal evitar comer ou beber na presença de muçulmanos, principalmente os mais velhos. Trata-se de uma forma de respeitar e ainda aprender sobre os costumes do país.
Chá marroquino
E se isso tudo não foi suficiente para te convencer sobre a magia desse lugar, a tradição dos chás marroquinos vão te fazer mudar de ideia. Apreciado no território há milhares de anos, o preparo do chá de menta (touareg) simboliza a hospitalidade e a amizade fortemente presente nessa cultura.
Após alguma refeição, experimente as ervas e a prática dos chás nos mercados especializados do Marrocos. Recusar a bebida no país pode ser considerado uma atitude indelicada.
Informações sobre a viagem pelo Marrocos
A viagem ao Marrocos é bastante recomendada para mochileiros, porque o lugar dispõe de acomodações baratas e espaços simples com refeições completas espalhados por todo o território. Mas também é ideal para quem busca conforto e sofisticação dignas do período imperial mediterrâneo.
Internamente, existem trens que ligam os principais pontos e também voos. De outra forma, várias empresas oferecem o serviço de transporte de carro no melhor estilo motorista-guia de turismo. Inclusive, há grandes chances de você encontrar transportadores que falam português no Marrocos.
O idioma oficial do país é o Árabe e o Berbere. O francês também é uma língua muito falada no lugar. Há uma recente abertura em relação aos fluentes em inglês. Mas, o mais importante é estar aberto para abraçar os roteiros contidos nesse espaço fascinante e de cultura receptiva.
Bolívia
O país mais barato para se viajar na América do Sul, a Bolívia, é ainda o destino que melhor preserva a cultura Andina em todo o continente. Apesar de não ser tão buscado, o território boliviano é uma espécie de portal latino-americano para cenários deslumbrantes e atividades de tirar o fôlego.
Andando pelas ruas fica nítida a influência das civilizações que predominaram o território, como as Tiauanaca, Aimará e Inca. Você vai encontrar pessoas de traços indígenas; mulheres cholitas trajando longas saias de pano, xales coloridos e chapéus-coco; fumantes das folhas de coca, entre outros hábitos milenares.
Na região da Bolívia também estão presentes relevos variados de grande importância para o desenvolvimento sustentável e econômico do país. São eles: parte da Cordilheira dos Andes, do Deserto do Atacama e da floresta tropical da bacia do Rio Amazonas.
O que gera bastante curiosidade por lá são as áreas de grande altitude como a cidade de La Paz, a 3.640 metros de elevação do nível do mar. Nesse ponto, o viajante se depara com uma das vistas mais altas do mundo, situada no altiplano dos Andes.
Mais motivos para conhecer o país “Tibet das Américas” é que brasileiros não precisam de visto até o limite de 30 dias de permanência. Para esse público, as cédulas de identidade com validade menor que 10 anos também servem como documento de identificação, não sendo necessário passaporte.
Os voos diretos do Brasil para a Bolívia partem, principalmente, de São Paulo. O trajeto feito com escalas pode sair de Curitiba, Florianópolis, Recife, Boa Vista e Rio de Janeiro. A média de tempo de viagem sem paradas é de 2h50 até o Aeroporto de Sucre.
Trem da Morte
Inclua no seu roteiro pela Bolívia uma viagem no Trem da Morte. Essa é uma das formas de chegar ao país saindo do terminal de Puerto Quijarro, na divisa com Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O destino final é a cidade de Santa Cruz de la Sierra, importante centro comercial do país.
Com modalidades de vagões com baixo custo, a locomotiva é uma grande sensação. Você pode escolher viajar no Expresso Oriental, que tem cabines equipadas com televisão, ar-condicionado, além de restaurante. Ou então optar pelo carro Mixto, o mais barato de todos e recomendado para viajantes que não se importam em serem transportados com muita gente e no meio de bagagens.
Ainda há uma terceira alternativa que é decidir pelo Ferrobus. Esse além de ser o comboio mais rápido, tem um ambiente mais estruturado, com cadeiras acolchoadas que viram camas. Você pode comprar os ingressos na hora, mas é indicado garantir a sua passagem com antecedência. A viagem de Trem da Morte tem duração média de 17h saindo do território brasileiro.
Lago Titicaca
Quem gosta de conhecer ruínas antigas bem conservadas vai adorar ver de perto esse ponto de origem dos Incas na Bolívia. A região do Lago Titicaca, fronteira com o Peru, além da riqueza cultural e histórica, é conhecida por abrigar um dos maiores lagos da América do sul e o curso d’água navegável mais alto do planeta.
Para acessar os terraços e as demais partes da cidade pré-histórica abandonada, você precisará passar por algumas trilhas de pedras. Em todo caso, o espaço é cercado por pousadas ecológicas com acomodações confortáveis. Assim, vale muito a pena tirar um tempo só para explorar esse lugar berço da civilização americana na Bolívia.
Visite a Reserva Nacional do Titicaca e descubra um território com fauna selvagem aquática e rãs gigantes. Considerados os maiores anfíbios aquáticos do mundo, as espécies vivem no Lago Titicaca e mobilizam a proteção ambiental por estarem ameaçadas de extinção.
Explore também os passeios de Barco de Totora pelo Titicaca. Essas embarcações chamam a atenção pelo formato engraçado e cores vibrantes. Feitas com pedaços de cana, no lado Boliviano, elas podem ser encontradas na região de Isla del Sol (ilha sagrada para os Incas), cujo acesso se dá pela cidade de Copacabana.
Salar de Uyuni
E que tal visitar o maior deserto de sal do mundo? Situado no sudoeste da Bolívia, próximo das cidades de Uyuni e Potosí, o Salar de Uyuni é um dos grandes favoritos entre todos os pontos turísticos do país.
São quase 11.000 km² de paisagem desértica formada por um tipo de reserva com estimativa de 10 bilhões de toneladas de sal branco refletindo a imagem do céu. O panorama salar é cercado por formações rochosas e na parte da vegetação você vai ver muitos cactos com ou sem floração.
Se o visual único desse espaço já é incrível, imagina encontrar lagos de sal a cerca de 300km? As lagunas Colorada, Blanca e Verde ficam na região da Reserva Nacional de Fauna Andina e também são atrações singulares na Bolívia.
Conheça a paisagem e sinta-se um verdadeiro alienígena! O visual é repleto de montanhas e pequenas formações aquíferas coloridas que fazem fronteira com o Deserto do Atacama, no Chile.
Na parte de Laguna Verde, você ainda vai estar ao pé do vulcão Licancabur, a mais ou menos 6 mil metros de altitude. Com sorte, nesse percurso, aparecerão flamingos cor de rosa e as famosas Alpacas bolivianas que costumam posar para as fotos.
Aposto que você já entendeu que dá para se divertir muito mesmo não estando à beira-mar não é? Mas calma porque além dos pontos internacionais tem muito mais para descobrir nos destinos de férias nacionais para quem não curte praia!
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