Melhores passeios em Campina Grande
As praias do nordeste são maravilhosas, mas que tal explorar outros cantinhos da região? A cidade de Campina Grande, na Paraíba, fica na Serra da Borborema e oferece diversos atrativos turísticos e culturais. Fique por dentro do que fazer e dos melhores passeios em Campina Grande. Planeje um roteiro bem completo com a 123milhas.
A trilha sonora do destino é o forró. Um passeio pelas ruas de Campina Grande ajuda a descobrir a história da cidade, emancipada em 1864. Esse município festivo e hospitaleiro é conhecido como Rainha Borborema, por conta de sua importância na região. Na memória local estão tropeiros, que desbravaram o território campinense, empresários do ramo de algodão e até revoltosos. E, claro, une tradição e modernidade.
Açude Velho
O Açude Velho é um dos lugares mais famosos de Campina Grande. Fica bem no centro e, inicialmente, servia para o abastecimento de água encanada. Com diversas árvores ao redor e o reflexo das luzes da cidade, o reservatório virou um cartão-postal e ponto de encontro dos moradores, que usam o espaço para relaxar ou fazer caminhadas.
É lá que fica o Museu dos Três Pandeiros, projetado por Oscar Niemeyer, que tem um vasto acervo da arte popular paraibana.
Monumento Os Pioneiros de Borborema
Próximo ao Açude Velho está o monumento: Os Pioneiros de Borborema, construído em 1964, no centenário da cidade. A obra consiste em três estátuas: um índio, uma catadora de algodão e um tropeiro. As três figuras são muito importantes para a história do município e representam, respectivamente, o início de tudo, o desenvolvimento local com a exportação de algodão e a vocação comercial do município.
Inclua em seu roteiro uma visita para conhecer e tirar fotos com as figuras. O monumento fica ao ar livre e não há restrição de dia ou horário para conhecer.
Parque do Povo
O Parque do Povo foi construído para sediar a Maior Festa de São João do Mundo, uma celebração que ocorre anualmente em Campina Grande desde 1983 e tem duração de 31 dias. É nesse período que a cidade recebe a maior quantidade de visitantes. O espaço vira palco da festança, degustação de comidinhas de festa junina e muito arrasta-pé.
O espaço tem 42,5 mil m² e comporta seis palcos, ilhas de forró, várias barraquinhas de comida e artesanato, e uma multidão.
Além da festa junina, o Parque da Cidade também sedia outros eventos, como festas de Carnaval, casamentos coletivos e encontros religiosos. Os jogos da seleção brasileira nas edições da Copa do Mundo são exibidos lá, garantindo muita animação e foguetório.
Mesmo que você não viaje no período de alguns desses eventos, vale a pena dar uma passada para conhecer toda a estrutura.
Vila do Artesão
A Vila do Artesão é parada obrigatória para quem adora artesanato e lembrancinhas de viagem. Dê uma volta por lá para comprar artigos de decoração, roupas, bolsas, brincos, brinquedos lúdicos, peças feitas de renda, cachaças e muito mais. Tudo é produzido pelas mãos dos artesãos da cidade.
Dá para descansar e saborear pratos regionais por um ótimo preço na praça de alimentação. Às vezes tem música ao vivo e pessoas dançando forró. Aproveita para cair na dança.
O complexo fica na avenida Professor Almeida Barreto, s/n, no bairro São José. Abre de segunda a sexta, das 10h às 17h.
Parque da Criança
Quem viaja com crianças certamente quer incluir no roteiro lugares lúdicos e ao ar livre, onde os pequenos possam brincar e gastar energia. Em Campina Grande esse passeio é garantido no Parque da Criança.
A área conta com quadras de vôlei, futebol, basquete e tênis, pistas de skate, bicicleta e caminhada, parquinho com muitos brinquedos e uma extensa área verde, ideal para fazer piqueniques ou descansar.
O parque fica na avenida Doutor Elpídio de Almeida, 215, no bairro Catolé. Funciona diariamente das 4h às 11h e das 13h às 20h30. A entrada é gratuita.
Monumento de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro
A terra do forró presta homenagem a dois ícones da música nordestina: os artistas Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga. O monumento chamado Farra de Bodega é mais um cartão-postal de Campina Grande.
As estátuas em bronze são obras do artista campinense Joás Pereira Passos e ficam localizadas em um girador às margens do Açude Velho. Além do monumento dos músicos, há também uma mesa com pratos representando as comidas típicas de lá. Ah, e tem um banquinho, muito usado pelos turistas para fazer fotos. Sente-se também ao lado dos reis do ritmo e do Baião.
Os dois compositores estão eternizados na música nordestina e, inclusive, já homenagearam Campina Grande em canções.
Luiz Gonzaga, também conhecido como Rei do Baião, escreveu a música “Tropeiros de Borborema”. Os versos contam a história das atividades tropeiras e da cultura do algodão. Em “Riqueza da terra que tanto se expande // E se hoje se chama de Campina Grande // Foi grande por eles que foram os primeiros”, o cantor faz tributo ao trabalho dos tropeiros e à importância deles para o desenvolvimento econômico na região.
Jackson Pandeiro, chamado de O Rei do Ritmo, declarou seu carinho em “Alô Campina Grande”. Com muitos elogios, ele diz que a cidade “Recebe turista o ano inteirinho // Ao seu visitante trata com carinho // Quem vai a Campina, pede pra ficar”.
Museus
Museu dos Três Pandeiros
Visite o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAAP), também conhecido como Museu dos Três Pandeiros, para conhecer melhor a cultura paraibana. O apelido veio do formato da edificação, feita em três estruturas circulares. Só o projeto arquitetônico, um dos últimos feitos por Oscar Niemeyer, já é um encanto à parte.
O espaço preserva a herança do forró nordestino. O acervo documenta o artesanato, a literatura de cordel e a xilogravura. Há uma seção dedicada a mais de 300 artistas paraibanos. Atenção para Jackson do Pandeiro, um dos “pais” do arrasta-pé, e para Elba Ramalho, cantora e rainha do forró. A exposição conta com discos, roupas, instrumentos e objetos pessoais dos artistas.
Lá também está a maior coleção de cordel da América Latina e vários trabalhos de José da Costa Leite, famoso xilogravurista nordestino.
O museu fica na Rua Doutor Severino Cruz, s/n, no Centro. A entrada é gratuita e atualmente acontece apenas com agendamento. As visitas são realizadas de terça a domingo, das 13h às 18h.
Museu do Algodão
O algodão é responsável por boa parte do desenvolvimento econômico de Campina Grande. A atividade começou no início do século XX e atraiu muitos comerciantes para a região. Nessa época, conhecida como “Era do Ouro Branco”, a cidade foi a segunda maior exportadora da matéria-prima no mundo, ficando atrás apenas de Liverpool, na Inglaterra.
Para ganhar ainda mais mercado, há mais de 20 anos pesquisadores desenvolvem novas variedades de algodão, garantindo o crescimento dos produtores rurais e dos artesãos. Um passeio pela cidade rende boas compras de roupas, bonecas, chaveiros e outras peças confeccionadas com algodão de vários tons de marrom.
Esse algodão marrom foi criado por meio do melhoramento genético da fibra e lançou Campina Grande como referência na produção e exportação do algodão colorido. Todos os detalhes dessa história você encontra no Museu do Algodão, espaço projetado para preservar a memória do “ouro branco” e retratar o processo desde o plantio ao produto final.
O acervo conta com maquinário e utensílios usados na produção, fardos transportados pelos tropeiros e peças feitas com esse material, como vestimentas. Se quiser dar um pulo por lá, o museu fica na rua Benjamin Constant, s/n, no Centro. O local tem entrada gratuita e fica aberto para visitação de segunda a sábado, das 8h às 17h.
Que tal descobrir ainda mais sobre a cidade? Conheça os melhores restaurantes e onde comer em Campina Grande!