Aniversário de Belém: conheça três curiosidades sobre a cidade
O aniversário de Belém é celebrado no dia 12 de janeiro. A capital paraense se destaca por suas belezas naturais, em torno de rios e trechos amazônicos, sua gastronomia típica e suas ruas, com traços coloniais misturados com modernidade.
A agradável cidade completa 407 anos em 2023 e já conquistou o coração de muitos turistas ao longo do tempo. Quer saber mais curiosidades de Belém? Confira no Conexão123!
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História e fatos interessantes sobre Belém
Belém é a capital do estado do Pará, na região norte do Brasil, e possui atualmente cerca de 1,5 milhão de habitantes.
Belém do Pará foi fundada no dia 12 de janeiro de 1616, por Francisco Caldeira Castelo Branco. Foi a partir da Baía do Guajará que se iniciou o povoamento de Feliz Lusitânia, nome que recebeu à época. A região foi alvo de expedições estrangeiras, com destaque para os holandeses e para os franceses, que não obtiveram sucesso.
Durante o chamado ciclo da borracha, em especial entre 1879 e 1912, a cidade viveu seu primeiro grande surto de crescimento. Praticamente todo o comércio da região passava por seu porto. O núcleo urbano se modernizou com construções como o Theatro da Paz e o Cinema Olympia, e a economia atraiu levas de imigrantes vindos de diversos países. Desde então, Belém ficou conhecida como a “metrópole da Amazônia”.
A cultura belenense é muito rica e possui suas raízes nas tradições indígenas, africanas, portuguesas e dos demais imigrantes que se deslocaram para aquela região. Algumas das manifestações culturais encontradas e realizadas na cidade expressam o folclore amazônico e destacam as riquezas naturais do seu bioma, mas sobretudo o artesanato, as danças e a gastronomia.
Hoje, a cidade é a segunda maior da região norte, servindo como referência econômica e cultural, contando também com inúmeras atrações turísticas.
Conheça três curiosidades sobre Belém
Vamos agora saber um pouco mais sobre a metrópole da Amazônia? O Conexão123 listou três curiosidades sobre Belém. Confira!
Maior procissão católica do mundo
A devoção à Nossa Senhora de Nazaré surgiu em 1700, quando um caboclo (descendente de portugueses e índios) chamado Plácido José de Souza encontrou a imagem da santa no igarapé Murutucu, em Belém. Ela era esculpida em madeira e tinha 28 cm de altura.
Em 1774, a imagem foi enviada para Portugal para ser restaurada e retornou no mesmo ano, no qual foi acompanhada em grande romaria até seu santuário. Centenas de moradores estavam presentes no que foi considerado o primeiro Círio, inclusive bispo, governador e outras autoridades.
Celebrado todo segundo domingo de outubro, o Círio de Nazaré é um dos maiores eventos religiosos do país e um dos mais aguardados pelos católicos. Os devotos realizam uma procissão carregando a imagem da santa desde a Catedral Metropolitana de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, onde ela fica exposta para visitação durante 15 dias. O percurso é de 3,6 km, podendo levar muitas horas. Muitas pessoas vêm de diversas regiões do Brasil e do exterior.
A celebração é em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré, mãe de Jesus. Em setembro de 2004, o Círio de Nazaré foi registrado pelo IPHAN como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial. Naquele mesmo ano, o tempo percorrido na procissão chegou a 9 horas e 15 minutos, o mais longo da história.
A festa tem uma programação com diversos eventos, entre eles, missas, romarias, apresentações musicais, visitas e o clássico arraial de Nazaré, na Praça Santuário, com barracas de comidas típicas, artesanatos, jogos, bazar e parque de diversões.
O Círio também movimenta muitos setores econômicos do comércio na cidade. Se você quer presenciar esse grande evento, confira onde ficar em Belém!
Cine Olympia – Cinema mais antigo do Brasil
Em 24 de abril de 1912, foi inaugurada em Belém a sala de cinema Olympia, considerada uma das melhores, mais luxuosas e modernas de seu tempo. No contexto dos tempos áureos da belle époque, o Olympia estava no auge do cinema mudo e atravessou vários momentos da história cinematográfica nacional e internacional.
Quando o Grupo Severiano Ribeiro, então proprietário da sala, anunciou que fecharia as portas do Olympia, em 12 de fevereiro de 2006, a cena cultural da cidade sofreu um duro golpe. A população se uniu a artistas e produtores para tentar manter o espaço de projeção aberto. A prefeitura de Belém entrou na briga e assinou o contrato de locação do prédio. A atual gestão municipal recuperou o espaço, com obras realizadas sob a direção do Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel. O prédio teve a fachada revitalizada e ganhou uma nova pintura.
A extensa história de sucesso do cinema brasileiro mais antigo em funcionamento fez com que a cidade desenvolvesse o projeto “A Escola vai ao Cinema”. Com objetivo de levar os encantos e conhecimentos da sétima arte aos alunos de escolas públicas, com programação diferenciada e cunho pedagógico, visando a formação cultural do público estudantil.
Atualmente, além de fomentar conhecimento, cultura e lazer com a exibição de grandes títulos mundiais, o Espaço Olympia também é palco para debates, simpósios, seminários e tudo o que a população em geral considerar relevante.
Mercado Ver-o-Peso
O Mercado Ver-o-Peso, datado do século XVII, é uma das principais atrações da capital paraense. Antigamente a área era usada apenas como posto de fiscalização portuguesa e atributos do gênero trazidos para a sede das capitanias. A construção do Mercado de Ferro, como era conhecido, iniciou-se em 1899.
Localizado às margens da Baía do Guajará, na bela região de encontro entre os rios Acará e Guamá, ele atrai cerca de 20 mil pessoas diariamente e foi reconhecido pelo IPHAN como patrimônio histórico, em 1977. Além disso, é considerado o maior mercado a céu aberto da América Latina.
O local é parte de um complexo arquitetônico que tem 25 mil metros quadrados, junto com o Mercado da Carne, a Praça do Pescador, a Praça do Relógio, a Doca, a Feira do Açaí, a Ladeira do Castelo e o Solar da Beira.
A gastronomia de Belém é rica em variedades e a capital paraense já recebeu até título internacional da Unesco como Cidade Criativa da Gastronomia.
No mercado é possível sentir uma mistura de cheiros e conhecer variedades de produtos típicos regionais. Confira o que pode encontrar por lá:
- Ervas para banhos
Em Belém e em toda a região norte, é muito comum na crença popular as pessoas tomarem banhos de ervas. A ilustre Beth Cheirosinha, que atua há mais de 50 anos nesse ramo, prepara infusões em colônias ou perfumes, as famosas “garrafadas”.
- Barracas de peixe com açaí
O carro-chefe do mercado Ver-o-Peso é o peixe frito servido com açaí e farinha, um dos pratos-símbolos de Belém.
No Pará, o açaí não é visto como uma sobremesa, como em boa parte do Brasil, especialmente no sudeste, onde se coloca leite condensado, paçoca e outros complementos. O acompanhamento principal é o peixe com farinha de mandioca e de tapioca. Ou seja, é salgado! Uma indicação para provar a iguaria é a Banca do Léo.
- Cachaça de Jambu
A aguardente conhecida como “Cachaça de Jambu” é feita de água, cachaça, açúcar e extrato de jambu, planta muito conhecida por deixar a boca adormecida.
- Maniva
Próximo da barraca de açaí, encontramos a de maniva, outro ingrediente riquíssimo da cozinha amazônica, com origem indígena. Trata-se de uma massa moída feita das folhas da mandioca. Com ela se faz, entre outras receitas típicas, o famoso prato da maniçoba, uma espécie de feijoada que não vai sequer um grão de feijão.
- Artesanato
As barracas de artesanato são muito famosas no mercado Ver-o-Peso, com itens feitos de casca de coco, fibra de açaí, além das famosas cerâmicas marajoara e tapajônica.
- Frutas regionais
Como toda feira, não poderia faltar frutas regionais que fazem parte da Amazônia. Você pode encontrar cachos de pupunha, tucumã, açaí, castanha-do-pará, cupuaçu, entre outros.
- Tucupi
O molho de tucupi, famoso pelo prato “pato no tucupi”, é muito presente na culinária nortista, e complementa também o tacacá. O tucupi é um líquido fermentado extraído da mandioca-brava e tem um aroma bastante forte. Quando preparado, é adicionada pimenta para ficar picante.
- O Mercado de Peixes
O grande prédio azul, um dos ícones da Cidade Velha, abriga o Mercado de Peixes, perto do Mercado de Carnes. Parada obrigatória, pois é um dos setores mais impressionantes de toda a feira. A fartura de várias espécies de peixes frescos encanta os turistas e comensais. Há uma grande variedade de peixes amazônicos: filhote, pargo, pescada-amarela, tambaqui, surubim e pirarucu, alguns dos mais famosos da feira e presentes nos cardápios dos restaurantes renomados da cidade.
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