Aniversário de Belo Horizonte: conheça a história e curiosidades sobre a capital de Minas Gerais
O aniversário de Belo Horizonte é comemorado no dia 12 de dezembro. A capital mineira concentra tantos predicados que a tornam um destino incomparável: o turismo de BH se concentra na hospitalidade, na cena cultural, na “botecagem” e, claro, na gastronomia.
Cheia de história em seus 125 anos de fundação, Belo Horizonte se destaca por sua localização estratégica, mão de obra qualificada, excelente qualidade de vida e facilidade de fazer negócios.
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História e fatos interessantes sobre Belo Horizonte
A capital de Minas Gerais nem sempre foi Belo Horizonte. Durante o período colonial brasileiro, o município de maior destaque no estado era Ouro Preto, que chegou a ser mais povoado que Nova York, à época. Com o fim do período da exploração do ouro, a economia da região sofreu um declínio e, após longas discussões no Congresso Mineiro, ficou definida a construção de uma nova cidade para abrigar o governo estadual.
Localizada na região Del’Rei, já habitada desde o século XVIII, a capital, inicialmente chamada de Cidade de Minas, foi inaugurada no dia 12 de dezembro de 1897, por Chrispim Jacques Bias Fortes.
A nova capital de Minas Gerais, projetada pelo engenheiro Aarão Reis, teve a implementação de um moderno projeto de planejamento urbano, que ressalta a construção de grandes avenidas, ruas arborizadas e bairros planejados.
Inspirados por um belo horizonte que alimentava os sonhos, os habitantes pediram ao governo provisório do estado que mudasse oficialmente o nome “Cidade de Minas” para “Belo Horizonte”. A mudança só ocorreu em 1906, por um decreto expedido pelo então governador João Pinheiro da Silva.
Foi somente a partir da década de 1940 que Belo Horizonte começou a crescer. A industrialização que chegou ao país, e teve seus primórdios na Região Sudeste, promoveu o crescimento econômico e populacional de BH. Junto com as indústrias, foi construído o Complexo Arquitetônico da Pampulha, que hoje é o principal ponto turístico da cidade.
Em 1973, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte, atualmente composta por 34 municípios, e é a terceira maior do país, abrigando aproximadamente 5,5 milhões de brasileiros, segundo o IBGE em 2018. O município é o sexto em população.
Alguns fatos interessantes sobre a cidade:
- O sítio urbano municipal está assentado na região da Serra do Curral, uma formação geomorfológica característica do relevo acidentado presente no interior mineiro.
- A economia de Belo Horizonte está concentrada nos setores secundário e terciário. A cidade vem atraindo muitas empresas de tecnologia de ponta.
- O município possui uma moderna infraestrutura urbana. Em razão das ruas arborizadas e do grande volume de parques, é conhecido como Cidade Jardim.
Belo Horizonte é rica em cultura, expressa por meio da literatura, da dança, da música, das festas e das artes de uma maneira geral. Muito da paisagem urbana conta parte da sua história, na qual são constituídos os melhores pontos turísticos de Belo Horizonte.
Conheça quatro curiosidades sobre Belo Horizonte
Vamos saber um pouco mais sobre Belo Horizonte? O Conexão123 listou quatro curiosidades sobre Belo Horizonte. Confira!
Mercado Central de Belo Horizonte é o terceiro melhor do mundo
Belo Horizonte tinha apenas 31 anos quando um prefeito empreendedor resolveu reunir, em um só local, os produtos destinados ao abastecimento dos 47.000 habitantes da jovem cidade. Foi assim que o Mercado Central nasceu, no dia 7 de setembro de 1929: unindo as feiras da Praça da Estação e da praça da atual rodoviária.
Em janeiro de 2016, a revista de bordo TAM nas Nuvens organizou uma votação com passageiros de todo o mundo, para revelar os dez melhores mercados do planeta. O Mercado Central de Belo Horizonte conquistou o terceiro lugar. A reportagem destacou a qualidade dos produtos e a variedade de temperos, o queijo da Serra da Canastra, o artesanato local e os bares e restaurantes espalhados pelos corredores do estabelecimento.
O Mercado Central, atualmente, possui 400 lojas, e recebe todos os dias da semana pessoas de todas as partes de Minas Gerais e do mundo, que conseguem unir suas compras ao lazer e à diversão.
A religiosidade, tão presente e típica no mineiro, não poderia deixar de ser expressa também no Mercado Central. Para além das lojas de artesanato que vendem todo tipo de peças religiosas e sacras, há também uma capela no interior do espaço.
Pensando na função social de ter suas portas abertas para todo público, incluindo os clientes que possuem alguma dificuldade de mobilidade, o Mercado Central possui elevadores e rampas de acesso, disponibiliza cadeiras de rodas e mantém profissionais treinados para atendimentos personalizados.
No local também há um posto de informações turísticas na entrada principal pela Avenida Augusto de Lima, 744.
Se você quiser conhecer melhor o Mercado pode fazer uma visita guiada gratuita, disponível em sete idiomas, na qual é possível ver um pouco de tudo a aprender muito da história do local. As visitas são realizadas de segunda a sábado, das 9h às 16h, e aos domingos e feriados, das 9h às 13h, para grupos de até 20 pessoas.
Algumas lojas imperdíveis que não podem faltar no seu roteiro:
- Tradicional Limonada
A tradicional limonada do Mercado Central, sempre geladinha, é uma ótima pedida para matar a sede em um dia quente. O suco é famoso e muito procurado pelos que frequentam o mercado. A loja é uma das mais antigas do Mercado Central e funciona desde 1938.
- Roça Capital
O ponto de encontro dos produtos feitos com toda simplicidade da roça, mas com a sofisticação dos sabores. Os queijos e os doces são um convite a experimentar as melhores delícias de Minas.
- Cachaça de Minas
Local para comprar as melhores cachaças do estado, com mais de 900 rótulos. A loja também oferece cervejas artesanais e licores típicos.
Fatos sobre o Mercado central de BH que você provavelmente não sabia, mas a gente te conta:
- 300 toneladas de queijo são vendidas todos os meses
- 1,3 milhão de pessoas o visitam todos os meses
- 300 mil pessoas por mês acessam a portaria da avenida Amazonas, a mais movimentada
- 3.250 caixas de cerveja são vendidas por mês
Veja também onde se hospedar em Belo Horizonte para aproveitar todas essas delícias.
O Copo Americano chama Copo Lagoinha em Belo Horizonte
Copo Americano? Nada disso, Copo Lagoinha! Ícone de Belo Horizonte, completou 75 anos em outubro deste ano.
O brasileiríssimo copo americano foi criado pelo empresário paulista Nadir Figueiredo, em 1947, e ganhou esse nome porque era produzido por uma máquina importada dos EUA.
Joaquim Sétimo Vaz de Melo, mais conhecido como Seu Quinquim Vaz de Melo, dono de uma famosa mercearia no Bairro Lagoinha, foi quem começou a vender o copo da empresa Nadir Figueiredo, em 1950. Sempre de terno e chapéu, mostrava as potencialidades do copo. Como era muito brincalhão, ele batia as taças sobre a bancada do armazém, às vezes até na beirada dos bancos e meios-fios, e demonstrava que não se quebravam facilmente.
As habilidades comerciais do Seu Quinquim foram determinantes para a popularização do copo na capital mineira, tendo sido o primeiro comerciante a vender o produto e quem o batizou como Copo Lagoinha.
No ano de 2019, a cervejaria belo-horizontina Wäls mobilizou uma campanha para que Nadir Figueiredo reconhecesse o nome copo lagoinha como oficial. Peças foram instaladas pela cidade pedindo para que os belo-horizontinos assinassem uma petição. O pedido foi atendido e o copo americano também é, oficialmente, copo lagoinha.
Santa Tereza é símbolo cultural de Belo Horizonte
Belo Horizonte ainda preserva bairros que contam em seus prédios, ruas e estabelecimentos, a história da cidade. Um deles é o bairro Santa Tereza, considerado a “menina dos olhos” e o principal símbolo cultural da cidade. O lugar preserva um casario tradicional e histórico que remete ao início do século XX.
Com uma das áreas mais charmosas de Belo Horizonte, o bairro, na Região Leste da capital, também chama a atenção pela arquitetura, com 16 imóveis tombados e mais de 300 em processo de tombamento.
Com atmosfera de cidade do interior, o Santa Tereza é um importante reduto boêmio, gastronômico e cultural. É frequentado por moradores locais e turistas que buscam diversão, boa música e boa comida.
Foi na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no Santa Tereza, que nasceu, nos anos 60, o Clube da Esquina, movimento musical que teve como expoentes os grandes Milton Nascimento e irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô). O clube, na verdade, nunca existiu como espaço físico, eles chamavam a própria esquina onde se encontravam, de clube.
Inaugurado em dezembro de 2015 e localizado a poucos metros da famosa esquina das ruas Paraisópolis com Divinópolis no Santa Tereza, o Bar do Museu do Clube da Esquina presta homenagem ao lendário grupo.
Temático, o estabelecimento é decorado com objetos, painéis e discos que relembram os velhos e inesquecíveis tempos do clube.
Todo o cardápio do bar foi montado homenageando canções dos integrantes do Clube da Esquina. Além do petisco que faz referência a Milton Nascimento, na carta de comidas e bebidas tem o “Trem Azul” (filé-mignon ao molho de gorgonzola), o “Gente que Vem de Lisboa” (bolinho de bacalhau) e o “Anjo Bom” (drink sem álcool feito à base de morango e sucos de laranja, abacaxi e limão).
O Bar do Museu Clube da Esquina criou um roteiro turístico baseado nos lugares frequentados pelos integrantes do movimento. O tour guiado, passa pela famosa esquina, a Rua Divinópolis e Paraisópolis, o local em que os “meninos” se reuniam para compor, tocar e cantar. Compreende também a Casa Família Borges, reduto de músicos da época e ponto de encontro oficial do grupo, e a Praça Duque de Caxias, a principal do Santê.
O tour termina no Bar do Museu Clube da Esquina. Lá estão expostas capas de discos, fotos e objetos que fizeram parte da história musical do bairro.
Endereço: Rua Paraisópolis, 738 – Santa Tereza, Belo Horizonte
Horário de funcionamento: Quarta a sexta, das 18h às 00h; Sábado do 12h às 00h, Domingo do 12 às 18h
Belo Horizonte tem o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela UNESCO
Belo Horizonte alcançou uma conquista histórica em 2019: é oficialmente Cidade Criativa da UNESCO pela Gastronomia. O título reconhece a cidade como uma das mais inventivas do mundo no âmbito da culinária.
A gastronomia em Belo Horizonte possui autenticidade e representatividade cultural e é um potente setor da economia criativa. Com influência indígena, africana e portuguesa, a culinária da cidade desenvolveu suas próprias técnicas e preparos únicos. Cachaça artesanal que abre o apetite, torresmo crocante, fígado acebolado com jiló, feijão tropeiro, mocotó, e aquele cafézinho passado na hora para finalizar a tarde junto de um pão de queijo, quem resiste? A grande variedade de bares presente em Belo Horizonte já é famosa em todo o país. Há até quem diga que como na capital mineira não tem mar, o grande lance é ir para o bar.
O jeitinho acolhedor, a cerveja gelada, a cachaça mineira e a qualidade são o que chamam a atenção nos botecos da cidade, e foram notícia no jornal “The New York Times” no ano de 2009, que apelidou o município como Capital Mundial dos Botecos, numa matéria de turismo sobre a cidade. O título já chama a atenção: “A cidade onde o mundo é um bar”.
Entre os estabelecimentos citados estão o bar do Caixote, localizado no bairro João Pinheiro, e o sofisticado restaurante Xaupuri, especializado em comida mineira, que fica em Pampulha.
Que mineiro gosta de um bar, não é segredo para ninguém. BH tem uma média de 28 bares a cada quilômetro quadrado, sendo sua extensão territorial de aproximadamente 330 km². Portanto, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), a cidade conta com cerca de 14 mil estabelecimentos especializados em petiscos, cervejas e drinques.
Confira cinco botecos clássicos para conhecer em Belo Horizonte.
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