Conheça destinos brasileiros para viver experiências em comunidades indígenas
O 9 de agosto foi definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional dos Povos Indígenas. O objetivo da data é ampliar a conscientização sobre a preservação da cultura e das tradições dos povos originários.
Se você quer conhecer mais sobre os costumes e se aprofundar nos modos de vida de diferentes aldeias e etnias, aproveite a celebração para viver experiências em comunidades indígenas no Brasil. Veja mais no Conexão123.
Conheça com o Conexão123
- Destinos para viver experiências em comunidades indígenas
- Experiências em comunidades indígenas: Bahia
- Experiências em comunidades indígenas: Amazonas
Destinos para viver experiências em comunidades indígenas
Você sabia que pode contribuir com a preservação da cultura indígena ao praticar etnoturismo? Nessa modalidade turística, é possível fazer uma imersão nos costumes, crenças e hábitos indígenas dentro de suas próprias terras.
No Brasil, há vários destinos abrigando comunidades que convidam pessoas ao etnoturismo. Porto Seguro, na Bahia; Manaus, no Amazonas; Xingu, no Mato Grosso; e Bertioga e o bairro do Jaguaré, em São Paulo, são algumas dessas localidades.
Para marcar o Dia Internacional dos Povos Indígenas, o Conexão123 destaca as experiências que você pode viver nas comunidades da Bahia e de Manaus, reconhecidas internacionalmente pela prática do etnoturismo.
Experiências em comunidades indígenas na Bahia
As nações indígenas somam mais de cinco séculos de resistência, desde a chegada dos exploradores europeus. Foram longas lutas para a demarcação de territórios e por respeito aos seus direitos. Na Bahia, na região conhecida como Costa do Descobrimento, justamente onde os portugueses desembarcaram, as comunidades indígenas são organizadas e fazem do etnoturismo uma forma de perseverança.
De acordo com a prefeitura de Porto Seguro, há cerca de 20 mil indígenas da etnia pataxó que vivem nas aldeias da cidade, e eles recebem turistas de todo o mundo.
Para chegar até o local, você pode aproveitar um pacote para Porto Seguro da 123milhas. Nesta oferta você pode conhecer as aldeias indígenas de Porto Seguro com um pacote que inclui: passagens aéreas de ida e volta, três dias de hospedagem em hotel com café da manhã, transfer do aeroporto até o hotel e ainda city tour.
Cultura pataxó
O povo pataxó está integrado e conectado à sociedade e ao universo das redes, mas mantém tradições culturais indígenas.
Como afirma o cacique Aiwa, “quando o homem branco usa adornos do artesanato isso não o torna indígena, assim como quando o indígena usa rede social, isso não o torna branco”.
Os pataxó são muito hospitaleiros, e, por isso, empresas locais de turismo, promovem eventos de vivência, nos quais os visitantes podem participar de atividades na aldeia, aprender sobre as lendas, rituais e histórias tradicionais. A aldeia de Barra Velha é a mais antiga da região e, deste ponto, os indígenas partiram para formar as demais comunidades.
Eles falam o português e a língua pataxó, da família maxacali, que pertence ao tronco macro-je, o mesmo tronco linguístico das línguas indígenas kayapó, bororo, kaingáng, krenák e karajó.
Entre as atividades diárias, estão a pesca e agricultura de subsistência, além do cultivo do cacau para gerar renda. Outra forma de geração de renda é a fabricação e venda de artesanato indígena.
A divisão de serviços domésticos dos pataxós tende a ser igualitária: apesar de atividades braçais geralmente ficarem com os homens e os cuidados com a casa e os filhos com as mulheres, em muitas situações os papéis se invertem. As famílias pataxó costumam ser grandes, com dez ou mais filhos em cada uma. Além disso, tanto homens como mulheres assumem cargos de liderança.
A arte pataxó é marcada pela riqueza de cores. As pinturas corporais são uma forma importante de expressão, sendo usadas tanto em rituais quanto em festividades. As cerâmicas, cestarias e tecelagens também são atividades artísticas tradicionais da comunidade. Os desenhos e símbolos nas peças artesanais têm significados culturais e espirituais.
Onde visitar comunidade indígena pataxó: Porto Seguro
Em Porto Seguro e nos distritos da cidade você pode visitar as reservas:.
- Reserva Indígena Pataxó Aldeia Velha: localizado em Arraial d’Ajuda, o território é habitado, conforme pesquisas, há oito mil anos. A experiência nessa reserva permite que os visitantes conheçam costumes, crenças e lendas dos indígenas. Também há a oportunidade de observar o sambaqui (acúmulo de materiais orgânicos e calcário fossilizados pela ação do tempo), que indica quão antiga é a ocupação dessa terra.
- Reserva Indígena da Jaqueira: localizada a apenas 12 km do centro de Porto Seguro, ela preserva a história e os costumes dos pataxós. Durante a visita é possível fazer uma caminhada de 1,5 km dentro da reserva e observar espécies raras de árvores nativas, como o pau-brasil, além de participar de rituais.. Ao fim do passeio, é servido peixe assado na folha da patioba (uma espécie de palmeira), preparado com o mesmo ritual e ingredientes que as aldeias indígenas usam no dia a dia.
Onde visitar comunidade indígena pataxó: Caraíva
Em Caraíva, as aldeias indígenas abertas para visitação são:
- Aldeia Imbiriba: nesta comunidade pataxó, os turistas são recebidos em uma grande oca – ou kijeme, na língua dos nativos – para contemplar e adquirir o artesanato produzido pelos indígenas, sendo que a maioria contém fibra de coco como matéria-prima. O local fica na estrada de terra em direção à Praia do Espelho, no trajeto entre Trancoso e Caraíva.
- Aldeia Barra Velha: é uma das maiores da região, abrigando cerca de 500 famílias pataxó. A aldeia fica dentro do Parque Nacional do Monte Pascoal. O caminho, pela praia, pode ser feito de buggy, a cavalo ou a pé. Os pataxó recebem os visitantes com seus rituais e costumes e vendem peças de artesanato, tanto bijuteria como arco e flecha. Essa comunidade, também conhecida como Aldeia Mãe, foi a primeira da região, dali os indígenas formaram novas aldeias pelos distritos de Porto Seguro.
Experiências em comunidades indígenas em Manaus (AM)
O Amazonas é a terra da ancestralidade, crenças e tradições dos povos originários e, por ser o estado mais indígena do Brasil, concentra muitas comunidades abertas à visitação para a prática do etnoturismo.
Manaus, a capital do estado, tem infraestrutura turística e boas opções de hospedagem e transporte. Isso facilita aos viajantes conhecer as comunidades indígenas próximas.
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Culturas indígenas no Amazonas
Há cerca de 34 etnias indígenas no Amazonas, e algumas ainda são consideradas isoladas. Entre as etnias mais conhecidas estão:
- Tikuna: uma das maiores etnias indígenas da Amazônia, com presença significativa na região de Manaus. Sua língua, a tikuna, é amplamente falada e ainda é transmitida de geração para geração. Eles têm uma forte conexão com a natureza e acreditam que os espíritos dos ancestrais protegem e guiam a comunidade. O povo tikuna é conhecido por suas cerimônias espirituais, danças tradicionais e habilidades na produção de artesanato, como cestaria e cerâmica.
- Sateré-Mawé: com uma cultura rica e diversificada e uma língua própria, que pertence ao tronco linguístico tupi, esse povo tem um profundo conhecimento sobre as plantas medicinais da Amazônia. A cultura sateré-mawé também é marcada por cerimônias de iniciação, como a tucandeira. Nessa demonstração de força e coragem, os meninos usam uma luva feita de palha cheia de formigas tucandeiras e resistem, por pelo menos 15 minutos, às doloridas ferroadas dos insetos.
- Desana: uma etnia indígena que vive ao longo do Rio Negro, próximo a Manaus. A língua desana pertence à família tukano. A religião tradicional desana envolve crenças relacionadas à natureza, com rituais e cerimônias para se conectar com os espíritos da floresta. A arte plumária é uma característica importante de sua cultura, e eles produzem belíssimas peças usando penas coloridas de aves.
Onde visitar comunidades indígenas em Manaus
Para quem quer conhecer de perto a história e os costumes indígenas da região, há quatro comunidades em Manaus que integram o Plano de Ordenamento Turístico da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur): cipiá, tatuyo, diakuru e tuyuka.
Na comunidade cipiá estão indígenas das etnias tuyuka, dessana, baré, arapassa, tukano e kubeua. As etnias tukano, dessana e tatuyo compõem a comunidade diakuru. Já na comunidade tatuyo, além da etnia tatuyo, que é predominante, há também os povos baré, kubeua, tukano e wanano. E na comunidade tuyuka, além do tuyuka, há indígenas baré, tukano e tariana.
As comunidades cipiá e tatuyo ficam localizadas a 34 km da área urbana de Manaus, enquanto a diakuru e tuyuka estão a, aproximadamente, 25 km. O acesso às reservas é feito a partir de Manaus, por via fluvial, num percurso de cerca de uma hora. As travessias partem da Marina do Davi, no Tarumã, de segunda a domingo, das 7h às 18h.
De acordo com o cacique desana, Kumüa Thoalamü, da comunidade cipiá, a ideia de receber os turistas surgiu nos anos 2000, com o objetivo de oferecer roteiros turísticos para mostrar as tradições e os conhecimentos dos povos originários.
“Esse trabalho foi criado para defender as minhas famílias, defender o nosso trabalho e resgatar a nossa cultura tradicional indígena. Eu aprendo com a cultura branca e as pessoas que nos admiram aprendem com a nossa”, explica o cacique.
Originária do Alto Rio Negro, a comunidade tatuyo também proporciona aos visitantes a contação de histórias e lendas, apresentação de danças e rituais, pinturas corporais e confecção de artesanatos que representam crenças e etnias.
O cacique Pinõ visa mostrar para o mundo um pouco da cultura dos povos originários. Ele enfatizou ser essencial que os indígenas continuem preservando a sua ancestralidade.
“Eu costumo dizer para os nossos parentes que conservem e mantenham a nossa tradição, porque a nossa origem vem cuidando do meio ambiente. Agora, para a população do mundo, só peço que respeitem a nossa tradição, porque o conhecimento do ser humano indígena equilibra a natureza”, relata Pinõ. Os indígenas chamam de parentes os demais integrantes das comunidades.
Os visitantes podem também contemplar a diversa fauna e flora se aventurando em trilhas pela floresta e se surpreender com a culinária, degustando ingredientes, frutas e formigas utilizadas no preparo das comidas.
No site da Secretaria de Turismo do Estado do Amazonas há o contato das comunidades indígenas e também das agências de turismo que fazem esses passeios.
Celebre o Dia Internacional dos Povos Indígenas aderindo à causa da preservação dos direitos igualitários dos povos originários. Com a 123milhas, você pode conhecer destinos para visitar aldeias indígenas e contribuir, por meio do etnoturismo, com a sustentabilidade dos povos originários.
RESPOSTAS123
A data é dedicada a reconhecer as tradições dos povos indígenas e reafirmar a importância dos direitos previstos na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas.
Criado em 1995 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional dos Povos Indígenas é celebrado em 9 de agosto.
Nas cidades de Porto Seguro e Manaus, há aldeias indígenas abertas para a visitação de turistas. Conte com a 123milhas para adquirir passagens para essas cidades.