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Seis em cada dez brasileiros já visitaram algum parque natural do país

23 de agosto de 2022

Seis em cada dez brasileiros já visitaram os parques naturais brasileiros, apontou pesquisa divulgada pelo Instituto Semeia, de São Paulo. Ainda de acordo com o levantamento, 97% dos entrevistados conhecem ao menos um parque natural. 

O estudo contou com 1.541 pessoas e foi realizado em dez regiões metropolitanas (Belém, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). 

Quer conferir a lista dos parques naturais mais conhecidos do Brasil e as melhores dicas de destinos imperdíveis para praticar o ecoturismo? Vem com o Conexão123.

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Contato com a natureza é principal motivo para brasileiro visitar parques naturais

O que motiva os brasileiros a conhecer ou visitar os parques naturais está diretamente ligado ao fato de estar em contato com a natureza. Entre as principais motivações, a pesquisa apontou que 35% dos entrevistados gostam de contato com a natureza e de contemplar suas belezas naturais; 22% têm como objetivo mostrar a natureza para os filhos; e 20% foram para conhecer um atrativo famoso do parque.

Um parque natural é um tipo de área protegida que tem por objetivo preservar o patrimônio natural e cultural de uma região, proporcionando à população um ambiente de lazer e fomentando atividades econômicas que tenham como base a proteção do meio ambiente.

Seis em cada 10 brasileiros já visitaram algum parque natural do país | Parna Chapada Diamantina | Conexão123

O Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, foi o mais citado em pesquisa

A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Semeia, que desenvolve projetos de apoio à estruturação de parcerias público-privadas para a gestão de áreas protegidas, como unidades de conservação e parques urbanos.

A partir das respostas dos participantes do levantamento, um ranking com os parques brasileiros mais conhecidos foi criado. São eles:

  • Parque Nacional da Chapada Diamantina (Bahia)
  • Parque Estadual da Serra da Cantareira (São Paulo)
  • Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Pernambuco)
  • Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Goiás)
  • Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (Maranhão)
  • Parque Nacional da Tijuca (Rio de Janeiro)
  • Parque Estadual do Jalapão (Tocantins)
  • Parque Nacional do Iguaçu (Paraná)
  • Parque Nacional de Jericoacoara (Ceará)
  • Parque Estadual da Serra do Mar (São Paulo)
  • Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí)
  • Parque Nacional do Itatiaia (Rio de Janeiro)
  • Parque Nacional da Serra da Bocaina (Rio de Janeiro)
  • Parque Nacional de Aparados da Serra (Rio Grande do Sul)
  • Parque Estadual do Ibitipoca (Minas Gerais)
  • Parque Nacional de Anavilhanas (Amazonas)

Parque Ibirapuera (SP) é o grande destaque entre parques urbanos

O principal objetivo do estudo é mapear e apresentar a percepção dos cidadãos sobre os parques brasileiros naturais. Entre os benefícios proporcionados por esses ambientes, os mais citados pelos entrevistados foram: 

  • Proporcionar lazer e relaxamento para seus frequentadores 
  • Oferecer opções de lazer à população 
  • Preservar paisagens e belezas naturais 
  • Contribuir para a saúde física e estimular a prática de esportes
  • Contribuir para a saúde mental, aliviar estresse, ansiedade, tristeza e angústia

A pesquisa do Instituto Semeia também trouxe informações sobre os parques urbanos mais conhecidos e visitados pelos brasileiros. Um parque urbano é uma área verde, pública ou de uso público, localizada no interior de centros urbanos, cujas principais funções são ecológicas, estéticas e sociais.

O destaque foi o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, que obteve a maior porcentagem de lembrança dentro de sua própria região (62%), além de ser o único mencionado por entrevistados de todas as outras regiões pesquisadas.

Seis em cada 10 brasileiros já visitaram algum parque natural do país | Parque Ibirapuera | Conexão123

O Parque do Ibirapuera, em São Paulo, é o parque urbano mais conhecido dos brasileiros

No levantamento, 81% dos participantes mencionaram espontaneamente pelo menos um parque urbano. No total, foram citados 151 parques diferentes. Cerca de 30% disseram frequentar parques pelo menos uma vez por mês. Entre os principais motivos estão passear, descansar e fazer caminhadas ou correr.

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Parque Nacional da Chapada Diamantina (Bahia)

O Parque Nacional da Chapada Diamantina é um dos mais deslumbrantes parques brasileiros. A unidade de conservação foi criada em 1985 e tem 152 mil hectares. O cenário de montanhas e chapadões abriga ecossistemas variados, como Cerrado, Mata Atlântica, campos rupestres e Caatinga. O Parna fica no interior da Bahia e faz limite com os municípios de Lençóis, Andaraí, Itaetê, Mucugê, Ibicoara e Palmeiras.

A flora encontra ali um ambiente favorável, com cerca de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, e inúmeros tipos de pássaros.

As cidades que rodeiam o Parna são ricas em prédios de arquitetura colonial. São lembranças vivas da riqueza produzida durante o ciclo do diamante, que fez do Brasil o primeiro produtor mundial da pedra preciosa, no início do século XX. As trilhas abertas pelos garimpeiros naquela época são hoje percorridas por praticantes de trekking do mundo todo. 

Entre os principais atrativos do parque brasileiro, destacamos:

  • Cachoeira da Fumaça: com 360 metros de altura, é uma das maiores quedas d’água do país. Fica localizada no Vale do Capão e o seu acesso é feito a pé por uma trilha com cerca de 6 km, dos quais 2 km de subida
  • Cachoeira do Buracão: tem 85 metros de altura e é considerada uma das cachoeiras mais belas da região. Situa-se em um cânion emoldurado por pedras folhadas. A Cachoeira do Buracão fica localizada no município de Ibicoara e o acesso pode ser feito a pé em 3 km de trilha
  • Morro do Pai Inácio: com 1.120 metros de altitude e uma vista panorâmica sensacional, este é o ícone do Parna. O morro está no município de Palmeiras, às margens da BR-242, e o acesso pode ser feito a pé por uma trilha curta e íngreme, em 25 minutos de caminhada
  • Gruta da Torrinha: uma das cavernas do Brasil com maior diversidade de espeleotemas, que são formações rochosas típicas de interior de caverna, como estalactites e estalagmites. A gruta localiza-se no município de Iraquara e pode ser visitada a pé, em uma trilha de 1.600 metros na caverna

A Chapada Diamantina localiza-se na parte central do estado da Bahia, a 425 km de Salvador. O controle de visitação ao Parna ainda está em desenvolvimento, o que significa que não há cobrança de entrada nem horários previamente definidos para visita. 

Para chegar lá, é possível ir de avião, via aeroporto de Lençóis, a partir da capital baiana. De transporte público, existem ônibus diários que fazem o percurso Salvador-Lençóis. Neste caso, a viagem dura cerca de seis horas. 

É possível ainda ir de carro por Salvador, em direção à Feira de Santana, pela BR-116 e depois seguir pela rodovia estadual conhecida como Estrada do Feijão (BA-052), em direção à Ipirá. Depois, entrar à esquerda na direção de Itaberaba (BA-488). É só seguir então pela BR-242 em direção à Brasília e ficar atento às placas. Lençóis está a 140 km de Itaberaba.

Já em Lençóis, é possível alugar um carro ou contratar os serviços de agências de ecoturismo para conhecer o Parque Nacional.

Pensando na hospedagem? A Pousada Alto do Cajueiro, em Lençóis, tem vista panorâmica privilegiada, integrada à natureza, com árvores nativas e pedras originais preservadas. Apartamentos com ar split, TV, frigobar, serviço de quarto diário e acesso a Wi-Fi.

Parque Estadual do Ibitipoca (Minas Gerais)

Localizado na Serra do Ibitipoca, uma ramificação da Serra da Mantiqueira, o Parque Estadual do Ibitipoca foi criado em 1973 e possui uma área de 1.488 hectares. O parque natural, localizado no sul de Minas, abrange os municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca e é um divisor das águas das bacias dos rios Grande e Paraíba do Sul. 

“Ibitipoca” é uma palavra tupi-guarani que significa “serra que estoura” ou “serra estourada”, devido à grande incidência de raios que caem no local. Por lá predomina vegetação composta por Mata Atlântica, campos rupestres em afloramentos rochosos e matas ciliares ao longo dos cursos d’água. Cactos, bromélias, orquídeas e samambaias são encontrados em abundância no parque, que possui vários córregos e riachos, que formam atrativos como piscinas naturais e cachoeiras. 

Seis em cada 10 brasileiros já visitaram algum parque natural do país | Parque Estadual do Ibitipoca | Conexão123

Cachoeira no Parque Estadual do Ibitipoca

O parque tem excelente infraestrutura para receber os viajantes, como portaria, centro de visitantes, estacionamento, trilhas estruturadas e sinalizadas em português e inglês, além de área de camping para até 30 barracas. Também oferece restaurante, lanchonete e vestiários masculino e feminino.

Para os amantes das trilhas, a área é dividida em três principais circuitos: das Águas, do Pião e da Janela do Céu. Cada um possui diferentes extensões e graus de dificuldade.

  • Circuito das Águas: são 5 km e cerca de cinco horas para se completar o percurso. Os atrativos são de fácil acesso, com grau de dificuldade de médio a baixo. Mirantes ao longo da trilha garantem lindas vistas. 
  • Circuito do Pião: de dificuldade média, possui várias subidas ao longo de seus 10 km. São aproximadamente seis horas para completar todo o trajeto. Grutas, cachoeiras e picos fazem parte do caminho. 
  • Circuito da Janela do Céu: o mais extenso e de maior grau de dificuldade. São 16 km de extensão, que levam cerca de oito horas para serem percorridos. A vista incrível do lugar recompensa o esforço.

A visitação ao parque natural acontece todos os dias, inclusive feriados, das 7h às 18h. O valor da entrada é R$ 20, de segunda a sexta, e R$ 25, nos fins de semana e feriados. O valor cobrado pelo estacionamento é R$ 20 para motocicletas, R$ 25 para veículos com até sete pessoas e R$ 65 para veículos para mais de sete pessoas (como vans e ônibus).

Para chegar, partindo de Belo Horizonte, seguir pela BR-040 no sentido Rio de Janeiro. Antes de Juiz de Fora, acessar o trevo para a BR-267, seguindo para Lima Duarte. De Lima Duarte, seguir para o Distrito de Conceição de Ibitipoca por 26 km em estrada não pavimentada. Do Distrito de Conceição de Ibitipoca até o parque, são mais 3 km de estrada.

Na hora da hospedagem, o Gabvini Hotel, em Lima Duarte, tem uma ótima relação custo-benefício. Os quartos têm ar-condicionado, frigobar, TV e Wi-Fi. O hotel possui piscina externa, sauna seca e academia. 

Parque Nacional de Aparados da Serra (Rio Grande do Sul)

O Parna de Aparados da Serra é um dos mais antigos do Brasil, tendo sido criado em 1959. Possui aproximadamente 13 mil hectares, limitando-se ao sul e ao norte com o Parque Nacional da Serra Geral. Juntos, os dois abrangem uma área de cerca de 30 mil hectares e se inserem nos biomas de Mata Atlântica e Mata de Araucária, morada de papagaios-de-peito-roxo, jaguatiricas, guaxinins e leões-baio. 

O parque natural está localizado na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, podendo ser acessado a partir dos municípios de Cambará do Sul (RS) e Praia Grande (SC). O relevo da região é bastante peculiar, sendo caracterizado principalmente por desfiladeiros com paredões verticais de até 700 m de altura, onde abruptamente terminam os campos suavemente ondulados do planalto gaúcho, como se tivessem sido “aparados” (daí o nome da região).

O grande destaque do Parna é, sem dúvida, o cânion do Itaimbezinho, um dos maiores da América Latina. Tem impressionantes 5.800 km de extensão, 720 metros de profundidade e uma largura média, de um lado a outro, de 600 metros. 

Uma das atividades mais comuns no parque brasileiro, as trilhas apresentam graus variados de dificuldade, mas levam a cachoeiras e mirantes de cair o queixo! Confira três dicas:

  • Trilha do Vértice: 1,5 km de caminhada leve, ida e volta, avistando a Cascata Véu de Noiva e a Cachoeira das Andorinhas
  • Trilha do Cotovelo: 6 km de caminhada leve, com vários mirantes
  • Trilha do Rio do Boi: a extensão da trilha é de 8 km, de nível intenso, com piscinas naturais e cachoeiras, travessias e caminhadas pelo leito do rio

O Parna Aparados da Serra não abre para visitação às segundas, exceto em véspera de feriado. O acesso à Trilha do Rio do Boi, a partir de Praia Grande, depende de agendamento prévio, em razão da necessidade de contratação de guia. O funcionamento vai das 8h às 17h. O preço do ingresso é de R$ 35 por pessoa por dia. Para dois dias, a tarifa é de R$ 55.

Indo de Santa Catarina, pela BR 101, pode-se utilizar a entrada de acesso para São João do Sul em Praia Grande (21 km pela SC-290 até Praia Grande). Partindo do município de Praia Grande, são mais 23 km de estrada de terra até a entrada do Parque Nacional Aparados da Serra, subindo pela Serra do Faxinal (SC-290, depois RS-427). Praia Grande fica a cerca de 300 km da capital, Florianópolis, e a 210 km de Porto Alegre pela BR-101.

A partir do Rio Grande do Sul, deve-se acessar o trevo para Cambará do Sul na Rota do Sol ou a RS-020. Após alcançar o centro de Cambará do Sul, será necessário dobrar à direita na estrada do Itaimbezinho (RS-427) e, então, seguir por 18 km de estrada de terra até a entrada do parque. Cambará do Sul fica a cerca de 190 km de distância da capital gaúcha.

O Parador Cambará do Sul é uma ótima opção de onde se hospedar perto dos Aparados da Serra. São 19 quartos, com frigobar e TV. Os banheiros possuem produtos de toalete de cortesia e roupões de banho.

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