Veja quais são os melhores lugares para conhecer o folclore brasileiro
O Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto. Para marcar a data, que homenageia as lendas e personagens que ajudam a contar a história do nosso país, o Conexão123 traz para você um roteiro com os melhores lugares para conhecer o folclore brasileiro.
Conheça com o Conexão123
- Dia do Folclore: onde conhecer
- Joanópolis (SP) – lobisomem
- São Luís (MA) – Bumba-meu-boi
- Manaus (AM) – Boto, do Curupira e da Iara
- Sete Povos das Missões (RS) – Sepé Tiaraju
Dia do Folclore: onde conhecer
Lobisomem, iara, boto cor-de-rosa, bumba-meu-boi e curupira. Essas e outras lendas, contadas de geração em geração, fazem parte da cultura popular brasileira, ou seja, ajudam a formar a identidade do Brasil. Além delas, há tradições, festas e rituais que fazem parte da cultura do nosso país e que são também conhecidos como folclore brasileiro.
No Brasil, o Dia do Folclore entrou para o calendário a partir de um decreto presidencial de 1965. Mas as tradições da cultura popular brasileira servem de inspiração para pesquisas e obras de arte desde bem antes disso. Um exemplo é o romance “Macunaíma”, do modernista Mário de Andrade. O livro traz a lenda, de origem indígena, do guerreiro Macunaíma, que teria nascido do amor entre o Sol e a Lua, e cita outros mitos dos povos amazônicos, como a Iara e a cobra Boiúna, ou Mboi.
Diferente do que se possa imaginar, o folclore não é apenas uma tradição antiga vista em museus. As manifestações folclóricas brasileiras estão vivas e acontecem no cotidiano das cidades. Por isso, os estudiosos do tema preferem chamar o folclore de cultura popular, pois transmite melhor a ideia de uma cultura viva.
Para comprovar que o folclore é uma manifestação cultural que segue circulando pelo país, o Conexão123 mostra os melhores lugares para conhecer o folclore brasileiro. Vamos conhecer?
Joanópolis, a terra do lobisomem, em São Paulo
A lenda do lobisomem é uma das mais conhecidas do nosso folclore. De acordo com a crença, o sétimo filho homem de um casal transforma-se numa criatura que é parte lobo e parte homem nas noites de lua cheia. E só o espinho de uma flor específica, cravado no coração da criatura, pode acabar com o feitiço. Até que nasça um novo sétimo filho homem.
O melhor lugar para conhecer a lenda do lobisomem é a cidade de Joanópolis, a 119 km de São Paulo, na Serra da Mantiqueira, quase na divisa com Minas Gerais. Por lá, quase todos os moradores juram que já viram um lobisomem. A figura está reproduzida por toda parte: estátuas, bonecos, placas e nomes dos estabelecimentos comerciais, a tal ponto que Joanópolis é conhecida como a terra do lobisomem.
Nas noites de lua cheia, a cidade organiza excursões para os corajosos que querem ver de perto um lobisomem. Se você tem curiosidade sobre a lenda, mas não quer ficar frente a frente com o bicho, não se preocupe, Joanópolis tem muitos outros atrativos.
A Cachoeira dos Pretos, uma queda d’água com aproximadamente 150 metros, é um dos pontos mais visitados e o local certo para fazer belíssimas fotos. Além dela, a dica é conhecer o Morro do Gigante, que recebe esse nome porque o formato da montanha, visto de longe, lembra um homem deitado. Nos dois lugares é possível praticar caminhadas e trilhas.
Joanópolis também é famosa pela produção de queijos. Recentemente, a cidade tornou-se reconhecida pelos seus produtores de queijos de ovelha, como o Empório e Queijaria Capril do Bosque, que promove degustações e serve refeições à base da produção local.
A melhor forma de chegar até Joanópolis é de carro, garantindo mais autonomia para entrar nas excursões noturnas que buscam lobisomens e visitar a Cachoeira dos Pretos, o Morro do Gigante e outras belezas da Serra da Mantiqueira. Com o 123carros você pode alugar o veículo que mais se adequa à viagem que quer fazer.
São Luís, a capital do bumba-meu-boi, no Maranhão
São Luís do Maranhão é uma das maiores provas de que o folclore está muito vivo. A cidade promove, anualmente, uma série de festas e comemorações em torno da lenda do bumba-meu-boi.
O dia do bumba-meu-boi é comemorado em 30 de junho e é o ápice das festas juninas locais. Em agosto acontece a celebração conhecida como “morte dos bois”, em que cada grupo folclórico marca um dia para festejar.
O bumba-meu-boi é uma festa que mistura música, dança e teatro, narrando a história da morte e ressurreição de um boi. Por isso, também são conhecidas como festas do boi. A lenda diz que o pai Francisco, trabalhador de uma fazenda, rouba a língua do boi para satisfazer os desejos da mulher Catirina, que está grávida. O dono da fazenda, ao encontrar o boi doente, pede ajuda aos pajés para curar o animal.
Depois de ver o boi curado, o fazendeiro perdoa o pai Francisco e comemora a saúde do boi com uma grande festa, que é reproduzida, até hoje, nas ruas de São Luís e envolve milhares de pessoas, tanto na preparação das fantasias como nas apresentações. Cada grupo folclórico utiliza um tipo de dança ou instrumento musical, chamados de sotaques. A festa é tão importante que foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Mesmo fora do período das festas de junho e de agosto, você pode conhecer esse grandioso festejo, conhecendo a Casa do Maranhão, uma instituição do governo do estado, que funciona dentro de um casarão restaurado no centro histórico de São Luís.
Na Casa do Maranhão está o Complexo Cultural Bumba-Meu-Boi, uma exposição permanente sobre a lenda do bumba-meu-boi e também sobre o folclore, crenças, histórias e tradições que fazem parte da formação cultural maranhense.
Quer conhecer essa festa da cultura popular do Nordeste? Na 123milhas, você encontra passagens aéreas para São Luís com excelentes preços e descontos.
Manaus, a cidade do boto, do curupira e da Iara, no Amazonas
Em meio a um dos biomas mais importantes do mundo, a Floresta Amazônica, Manaus é berço de muitas lendas do folclore brasileiro. Em comum, as histórias do boto cor-de-rosa, da Iara e do curupira falam sobre os povos da floresta e o respeito à preservação do meio ambiente.
Nas lendas do boto cor-de-rosa e da Iara, ao alertarem para os perigos dos viajantes serem encantados pelos seres e irem para dentro das águas, há a mensagem do cuidado com os rios que, até hoje, são fundamentais para a sustentabilidade da região. O curupira, esse ser de dentes verdes, cabelo cor-de-fogo e pés voltados para trás que confundem os caçadores, é um dos protetores da floresta.
Na capital, uma das grandes atrações turísticas é o encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Os dois rios se cruzam a leste de Manaus, quando formam o rio Amazonas. Nesse encontro, acontece um fenômeno: por 6 km, Negro e Solimões correm lado a lado sem se misturar — as águas escuras do Negro e as águas barrentas do Solimões parecem separadas por uma linha.
Além desse belíssimo fenômeno da natureza, Manaus tem prédios históricos encantadores que lhe renderam o apelido de Paris dos trópicos. Destaque para o Teatro Amazonas, erguido no século XIX para atender aos desejos da elite local que se enriqueceu com o comércio da borracha.
Quer conhecer o lar da Iara e do boto cor-de-rosa, protegido pelo Curupira? Com a 123milhas você encontra passagens aéreas para Manaus.
Sete Povos das Missões, região do valente Sepé Tiaraju, no Rio Grande do Sul
O guerreiro indígena Sepé Tiaraju é um desses personagens que atravessam a história e entram no campo das lendas. Sepé Tiaraju foi um líder indígena guarani que se destacou na resistência contra os colonizadores espanhóis e portugueses na região de Sete Povos das Missões, no noroeste do Rio Grande do Sul.
A importância de Sepé é tão grande que hoje ele é reconhecido, por lei do estado, como “herói guarani missioneiro rio-grandense”. Os feitos do guerreiro guarani são contados em livros, canções e fazem parte do espírito rio-grandense, a tal ponto que ele chega a ser cultuado como santo: o São Sepé.
Sepé Tiaraju se tornou um líder militar e espiritual entre os guaranis e atuou na Revolta dos Guaranis, também conhecida como Guerra Guaranítica, que ocorreu entre 1754 e 1756. A luta mais famosa durante essa revolta foi a Batalha de Caiboaté, em fevereiro de 1756, quando os guaranis, liderados por Sepé Tiaraju, resistiram bravamente às forças coloniais, mas acabaram sendo derrotados e Sepé foi morto nessa batalha.
Tiaraju lutava com uma pedra muito brilhante na testa. Diz a lenda que, no dia da morte do líder indígena, Deus tirou a pedra da testa, transferindo-a para o céu dos pampas a fim de guiar os gaúchos. Por isso, nas noites escuras, ao olhar para o Cruzeiro do Sul no céu, você irá se lembrar do herói guarani rio-grandense Sepé, agora São Sepé, que olha por todos os que lutam pela terra e pela dignidade dos povos originários.
Hoje, você pode conhecer as ruínas das missões jesuítas dos Sete Povos das Missões no passeio ao Sítio Arqueológico de São Miguel, na cidade de São Miguel das Missões.
Para chegar até lá, o primeiro passo é adquirir um voo para Porto Alegre. Depois, você pode alugar um carro no aeroporto de Porto Alegre com o 123carros e ir até Santo Ângelo, a cidade mais próxima das missões.
São, aproximadamente, 50 km de distância, que podem ser percorridos em menos de uma hora. Em Santo Ângelo você verá o “Monumento ao Índio Sepé Tiaraju”, escultura de 6 metros de altura que fica perto do Museu Municipal.
Como você viu, o folclore brasileiro está vivo e faz parte da identidade nacional. Visitar as cidades para conhecer o folclore é uma forma de contribuir para que a cultura popular continue sendo transmitida para as novas gerações. Conte com a 123milhas para adquirir passagens aéreas e fazer reservas em hotéis nos melhores lugares para conhecer o folclore brasileiro.
RESPOSTAS123
No Brasil, um decreto presidencial determinou que 22 de agosto fosse considerado o Dia do Folclore.
Os elementos que fazem parte do folclore são mitos, contos, músicas, danças, crendices, lendas, brincadeiras e festas populares.
Entre os personagens mais conhecidos do folclore estão:
- Lobisomem
- Iara
- Boto cor-de-rosa
- Bumba-meu-boi
- Curupira
- Sepé Tiaraju