PCD pode viajar sozinha de avião?
Uma das dúvidas em relação às pessoas com deficiência é a seguinte: PCD pode viajar sozinha de avião? Para sanar essa questão, o Conexão123 trouxe um conteúdo com informações sobre PCD e viagem.
Você vai ler sobre
- PCD pode viajar desacompanhada?
- O que é necessário para que uma PCD possa viajar sozinha?
- Informações extras sobre PCD e viagem
PCD pode viajar desacompanhada?
Respondendo objetivamente à pergunta: na grande maioria dos casos, pode! Existe uma assistência oferecida pelas companhias aéreas e pelos aeroportos de todo o mundo que é dedicada a esse perfil de passageiro, a chamada assistência especial.
No caso do Brasil, é a NBR 14.273 que estabelece os padrões e os critérios que visam propiciar às pessoas portadoras de deficiência condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma ao espaço aeroportuário e às aeronaves das empresas de transporte aéreo público regular, regional e suplementar. Isso vale tanto para condições físicas quanto mentais, o que abrange a Síndrome de Down.
A assistência especial engloba:
- Check-in e despacho de bagagem
- Deslocamento do balcão de check-in até a aeronave
- Embarque e desembarque da aeronave
- Acomodação no assento e deslocamento dentro da aeronave
- Deslocamento desde a aeronave até a área de restituição de bagagem
- Recolhimento da bagagem despachada e acompanhamento nos controles de fronteira
- Saída da área de desembarque e acesso à área pública
- Prestação de assistência a usuário de cão-guia
- Transferência ou conexão entre voos
- Realização de demonstração individual dos procedimentos de emergência
O que é necessário para que uma PCD possa viajar sozinha?
A pessoa com deficiência que viaja sozinha deve ser capaz de fazer o seguinte:
- Usar o banheiro de forma independente
- Comer sozinha
- Aplicar medicação em si própria, sem necessitar de ajuda
- Conseguir colocar a máscara de oxigênio
Se a PCD não conseguir realizar quaisquer dos pontos acima com independência, ela deve ser acompanhada de outra pessoa que tenha mais de 16 anos de idade e esteja fisicamente apta. O acompanhante de PCD em viagem pode ser muito importante para garantir o bem-estar do passageiro em questão.
Agora, vamos ver outros pontos importantes para que a viagem de avião de uma pessoa com deficiência desacompanhada ocorra adequadamente.
Atestado médico
A apresentação de um atestado médico confirmando a possibilidade de viajar é necessária nos seguintes casos:
- Sofre de enfermidade ou incapacidade que cause efeitos à sua saúde e bem-estar ou até mesmo aos demais passageiros e tripulação
- Passou por uma cirurgia recentemente
- Tem uma condição de saúde considerada instável
- Representa um risco à sua própria segurança, ou aos demais passageiros e/ou tripulação
- Precisa da atenção ou do acompanhamento médico e/ou equipamentos especiais durante o voo
A companhia aérea, geralmente, indica o modelo do atestado. Ele deve ser preenchido pelo médico da pessoa com deficiência e, em seguida, passado para a empresa.
Escolha do assento
Na hora de efetuar a compra da passagem aérea, a PCD deve se atentar à escolha do assento. As companhias aéreas não disponibilizam mais a primeira fileira para pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida sem que ela tenha que pagar a mais.
Caso o passageiro não consiga caminhar, deve ser informado para o atendente no check-in. Às vezes a solução é utilizar a cadeira de rodas da aeronave, que é mais estreita e passa pelos corredores.
Cadeira de rodas
Companhias aéreas permitem que se leve a sua própria cadeira de rodas para a viagem, mas nem sempre há possibilidade de levá-la a bordo do avião, devido ao espaço limitado. Se a cadeira exceder o tamanho que permita a livre passagem na aeronave, deverá ser despachada, gratuitamente, como bagagem, e as companhias aéreas oferecem uma cadeira de tamanho adequado, que passe pelos corredores do avião.
No caso de o viajante levar a sua própria cadeira de rodas, é recomendável informar sobre o peso e o tamanho e se é dobrável. Se for cadeira motorizada, algumas companhias aéreas recusam o transporte, ou podem ser necessárias medidas de segurança adicionais no compartimento de bagagem.
Também é possível levar, de graça, muletas, andadores e bengalas. O aeroporto também pode fornecer, gratuitamente, uma cadeira de rodas adequada. Em caso de pedido prévio, a cadeira estará na seção de assistência especial do aeroporto.
Para obter informações detalhadas sobre os tipos de deficiência e as regras relativas ao transporte de cadeiras de rodas ou outros equipamentos de auxílio à mobilidade, verifique os sites das companhias aéreas.
Check-in
O passageiro com restrição de mobilidade deve apresentar-se para o check-in com a mesma antecedência dos demais. Depois de despachar as malas é o momento ideal para tratar das suas necessidades específicas.
Existe cadeirante que prefere despachar sua cadeira de rodas e se dirigir à aeronave com a cadeira do aeroporto. Seja qual for o seu caso, a companhia aérea disponibilizará um funcionário para acompanhá-lo no processo de embarque. Esse funcionário conhece bem o aeroporto e ajudará a chegar ao portão de embarque.
Embarque/Desembarque
Logo na entrada da sala de embarque, o passageiro encontra as máquinas de raio X. Pessoas com mobilidade reduzida que fazem uso de equipamentos com metal para se locomover não passarão pelo detector de metais. Uma pessoa do mesmo sexo fará uma revista manual, e somente seus pertences passarão pelo aparelho. Em muitos casos, é solicitado que se tire o sapato ou a órtese, e a pessoa com deficiência pode solicitar auxílio, caso necessário.
A pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida é a primeira a entrar e a última a sair da aeronave. Uma das razões disso é de fácil compreensão: com o avião vazio, sem ter pressa, a pessoa consegue se acomodar com mais cautela.
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Informações extras sobre pessoas com deficiência e viagens
Por razões de segurança, o número de pessoas com deficiência a bordo é limitado, que deve ser de três a cinco passageiros, dependendo da rota e da companhia. Por isso, é importante que a reserva seja feita antecipadamente, fornecendo as informações detalhadas sobre a deficiência.
Por fim, vale uma reflexão. As pessoas são diferentes e possuem necessidades diversas. Não há um protocolo que atenda com precisão à demanda de todos. Além disso, os aeroportos possuem estruturas diferentes, os países possuem legislações diferentes e as companhias aéreas, também, oferecem tratamentos diferentes.
Por tudo isso, recomenda-se sempre o diálogo. Conversar e explicar o que se necessita pode ser cansativo, mas ainda é a melhor maneira de conseguir atender às suas expectativas.
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