Árvores nativas do Brasil: onde encontrá-las
No dia 21 de setembro é comemorado o Dia da Árvore, uma data especial para celebrar as gigantes que nos proporcionam aquilo que é mais caro para a vida: a purificação do ar que respiramos. Vamos descobrir mais sobre as árvores nativas do Brasil, tão esplendorosas que algumas até viraram atrações turísticas.
Você vai ler sobre
- Árvores nativas do Brasil
- Ipês coloridos em Belo Horizonte
- O maior cajueiro do mundo em Natal
- Pau-brasil centenário no sul da Bahia
Árvores nativas do Brasil
As árvores são, como diria o escritor Tolkien, “a coisa mais antiga que ainda anda sob o Sol”, existindo desde que o mundo é mundo. Há indícios de que as pteridófitas, primeiras plantas do planeta, que originaram as árvores, surgiram entre 200 milhões e 300 milhões de anos atrás.
Encontramos em nosso país diversas espécies de árvores nativas brasileiras. São exemplos de árvores dos principais biomas do Brasil:
- Seringueira da amazônia, o patrimônio natural mais valioso do mundo
- Aroeira do cerrado, uma das árvores do cerrado brasileiro
- Saboeiro na mata atlântica, um dos principais biomas do Brasil
Além desses exemplares, existem muitas outras espécies em cada um dos preciosos ecossistemas brasileiros, espalhadas em todos os estados. O Dia da Árvore, 21 de setembro, está aí para nos lembrar da importância que cada uma delas tem para o meio-ambiente, garantindo o bem-estar e a possibilidade de vida na Terra.
Ademais, é um momento de reflexão sobre a necessidade de preservá-las, levando em consideração que cerca de 15 bilhões de árvores são destruídas por ano no planeta inteiro. Só na área que compreende a Amazônia Legal, mais de 400 milhões de árvores já foram desmatadas.
Sendo assim, vamos conhecer mais sobre três gigantes da natureza: ipê, cajueiro e o pau-brasil, aprendendo curiosidades de cada uma e onde encontrá-las. Vamos às árvores nativas do Brasil para conhecer e se encantar em uma viagem voltada ao turismo sustentável.
Ipês coloridos em Belo Horizonte
Ipê, ou Ypê, é a nomeação mais popular de uma grande variedade de espécies pertencentes ao gênero Tabebuia e Handroanthus, e está entre as árvores mais comuns no Brasil. Porém, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, podemos encontrá-las em abundância.
Os ipês são caducifólias, o que significa que em determinado momento suas folhas são substituídas por cachos de flores de cores intensas e variadas, proporcionando um espetáculo aos olhos.
Podemos encontrar quase 29 mil ipês coloridos nas ruas de BH, sendo que o ipê-rosa é o mais comum, quase 10 mil deles espalhados pela cidade, de acordo com o inventário de arborização urbana de Belo Horizonte. Dentre as nove espécies da árvore que se espalham pela capital mineira também destacam-se o ipê-amarelo, o roxo e o branco. E eles podem ser vistos florindo de junho a setembro, ao caminhar pelas ruas e passear nos famosos parques e praças da cidade.
Assim, quando notamos o céu azul contrastado com as inúmeras cores das árvores, é possível entender o porquê de o destino carregar o título de cidade-jardim. Principalmente se olharmos no inverno, época da florada dos ipês — que sempre acontece no mesmo período.
Geralmente, existe uma ordem de floração dos ipês: primeiro despontam os roxos, com a coloração que muito se aproxima de um rosa escuro; logo após, podemos perceber os amarelos e, por último, os brancos.
Já que a florada acontece justamente na baixa temporada, é muito mais vantajoso aproveitar uma viagem barata para ir a BH e observar as árvores. Inclusive, veja aqui o que fazer em Belo Horizonte.
O maior cajueiro do mundo perto de Natal
O caju é uma das frutas típicas do Brasil, tal qual a árvore que o produz. O cajueiro é uma espécie nativa da região litorânea do nordeste brasileiro, e seu fruto faz parte da alimentação indígena há muitos séculos. Aliás, o nome caju é originário do tupi, e significa “noz que se produz”.
O maior cajueiro do mundo pode ser encontrado na praia de Pirangi do Norte, em Parnamirim, município da Grande Natal, região metropolitana que compreende a capital do estado do Rio Grande do Norte. É um espetáculo magnífico da natureza, a árvore cobre aproximadamente 8 mil m², em um perímetro de quase 500 m.
Sua grandiosidade se deve a duas anomalias: uma que faz com que seus galhos cresçam para os lados, e por conta de seu peso eles acabam chegando ao chão; a segunda anomalia, decorrente da primeira, faz com que a partir desses galhos surjam novos troncos da mesma árvore.
A árvore tornou-se um emblema tão forte na região que passou a ser um dos cartões-postais do estado. O Cajueiro de Pirangi vai completar 134 anos em dezembro deste ano, 2022. Acredita-se que a árvore foi plantada por um pescador, chamado Luiz Inácio de Oliveira, no ano de 1888.
O cajueiro recebe cerca de 300 mil visitantes por ano, de acordo com Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema). Em 1994, foi reconhecido mundialmente, entrando para o Guinness Book como o Maior Cajueiro do Mundo.
É aberto para visitação todos os dias da semana, das 7h30 às 17h30. A entrada custa R$ 8, sendo que crianças, estudantes, professores e idosos têm direito à meia-entrada.
Por lá, é possível passear embaixo da copa imensa de folhas, pelos subtroncos e conhecer o tronco principal. Além disso, o lugar dispõe de um mirante para contemplar a grandiosidade da área verde que contrasta com a água azul e transparente da praia de Pirangi do Norte.
Curta o maior cajueiro do mundo em um dos destinos para descansar pelo Brasil e aproveite para curtir o máximo das redondezas!
Pau-brasil centenário no sul da Bahia
O pau-brasil é uma das árvores mais famosas do país, justamente por fazer parte dos momentos históricos de fundação do Brasil, sendo muito utilizada pelos povos originários para a confecção de instrumentos e amplamente explorada pelos portugueses na época da colonização — muitas vezes de maneira indevida.
Ela é uma árvore típica da mata atlântica, suas características incluem um tronco recoberto de espinhos em tons avermelhados. Ela pode chegar até 30 m de altura, com um diâmetro de 1,5 m. Sua floração, geralmente, acontece no mês de setembro e vai até o meio de outubro. Entre novembro e janeiro, podemos observar o processo de maturação dos frutos.
Em 2020, pesquisadores de botânica registraram o que seria conhecido como o maior pau-brasil do país. A árvore foi encontrada em Itamaraju, município localizado no extremo sul da Bahia, a cerca de 700 km de Salvador e 150 km de Porto Seguro .
Trata-se de uma gigante de 40 m de altura e 7 m de circunferência, com raízes bem grossas e fincadas na terra há aproximadamente cinco séculos. A estimativa de 500 anos de idade se deu por conta do tamanho da circunferência e da altura.
Essa gigantesca anciã descoberta no sul da Bahia é a maior árvore da espécie que dá nome ao país encontrada em solo brasileiro. Com certeza, é uma gigante com muita história para contar em suas raízes, tronco, galhos e folhas.
Gostou de conhecer as árvores nativas do Brasil? Voe com a 123milhas para conhecer cada uma delas e aproveite para descobrir mais e mais sobre esses destinos brasileiros cheios de encantamento!