Lugares turísticos no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual
O turismo acessível reúne ações que permitem o acesso fácil, seguro e com mais autonomia das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida a diversas atrações turísticas, como museus, parques, monumentos, entre outras.
No Dia Nacional do Cego, o Conexão123 te mostra os lugares no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual. Partiu?
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- Dia Nacional do Cego
- Lugares no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual: Museu Cais do Sertão (Recife)
- Lugares no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual: Museu de artes e ofícios (Belo Horizonte)
- Lugares no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual: Museu do Ipiranga (São Paulo)
Dia Nacional do Cego
O Dia Nacional do Cego, 13 de dezembro, foi criado com a finalidade de diminuir o preconceito e a discriminação com os portadores de deficiência visual, que pode ser definida como a perda total ou apenas parcial da visão, congênita ou adquirida. Esse dia foi instituído em julho de 1961, pelo presidente Jânio Quadros, e marcou um importante passo na luta pela acessibilidade das pessoas cegas.
O sistema de escrita em leitura em relevo, que conhecemos como braille, é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. Foi criado em 1824, na França, por Louis Braille, que ficou cego aos três anos de idade.
Importante ferramenta de inclusão social, o braille chegou ao Brasil em 1850, trazido por José Álvares de Azevedo. Sem uma escola para pessoas cegas em território nacional, Azevedo foi mandado a Paris para estudar no Instituto Real para Jovens Cegos, onde conheceu o método.
Esse sistema é formado por seis pontos, posicionados em duas fileiras paralelas de três pontos cada. O código permite até 63 variações. No Brasil, o sistema é adaptado para a língua portuguesa desde 2002.
A adoção do braille permite que a pessoa cega tenha autonomia. Por isso, a utilização do código em placas, elevadores e escadas é tão importante para a acessibilidade.
Pelo Brasil possui muitos passeios com inclusão, vamos conferir alguns pontos turísticos com acessibilidade para deficientes visuais?
Lugares no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual: Museu Cais do Sertão – Recife
Dedicado a retratar e festejar a cultura, a vida e a história do sertão nordestino, o Museu Cais do Sertão, localizado em Recife, homenageia a obra de um de seus maiores intérpretes, o cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como Rei do Baião.
Inaugurado em 2014, é um espaço interativo que proporciona uma vivência dinâmica, divertida e vibrante. Dividido em sete núcleos — Viver, Trabalhar, Ocupar, Cantar, Criar, Crer e Migrar — os ambientes trazem referências a aspectos e situações que acompanham a vida dos sertanejos.
Pensando em acessibilidade para deficiente visual, o museu proporciona aos visitantes mediações com audiodescrição que possibilitam o acesso a espaço, como a fachada do museu, a Praça do Juazeiro, a Vitrine Joias da Coroa, além da experimentação acessível pelo toque das peças, das maquetes e do busto do Rei do Baião.
A técnica de experimentação tátil inclui também o mapa da bacia hidrográfica do Rio São Francisco e a Sala Sertão Mundo.
Endereço: Armazém 10, Av. Alfredo Lisboa, s/n
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 16h, e sábados e domingos, das 11h às 17h.
Ingressos: Gratuidade para pessoas com deficiência; meia-entrada para acompanhantes.
Valor: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).
Lugares no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual: Museu de artes e ofícios (Belo Horizonte)
Inaugurado em 14 de dezembro de 2005, o Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte, é o primeiro da América Latina dedicado integralmente ao tema do trabalho, das artes e dos ofícios.
O MAO fez uma parceria com o Instituto São Rafael, escola estadual com métodos pedagógicos voltados para a educação de deficientes visuais.
O que à primeira vista parecia ser impossível, torna-se realidade no museu, onde ferramentas, utensílios, máquinas e equipamentos diversos podem ser tocados e manipulados pelos cegos.
Logo na entrada, antes mesmo de colocarem os pés na recepção, começa a viagem sensorial dos visitantes. As pilastras de granito, de 2 metros de diâmetro e 4 metros de altura, podem ser abraçadas. Dá para perceber: são grandes! Também podem sentir as texturas das pedras da construção que data de 1920, restaurada e instalada na Estação Ferroviária, no centro de Belo Horizonte.
Os objetos não são descritos pelos monitores, são colocados nas mãos dos cegos, que, apalpando e falando, vão descobrindo sozinhos.
Vendas nos olhos: subir e descer escadas com cautela, cuidado com as quinas e sempre encostar em tudo foi o início do aprendizado dos educadores do museu para receberem os cegos, que podem ter outras deficiências associadas.
Confira também onde se hospedar em Belo Horizonte para aproveitar os outros pontos turísticos da cidade.
Endereço: Praça Rui Barbosa, 600 – Centro
Horário de funcionamento: terça, quinta e sexta-feira, das 12h às 19h; quarta-feira, das 12h às 21h; sábado e domingo, das 11 às 17h.
Ingressos: A entrada é gratuita
Lugares no Brasil que buscam a inclusão de pessoas com deficiência visual: Museu do Ipiranga (São Paulo)
São Paulo é um grande centro de entretenimento urbano, repleto de cinemas, teatros, centros culturais, parques, museus, casas noturnas e restaurantes de todos os tipos.
O Museu do Ipiranga é um símbolo da Independência, realizada às margens do Riacho do Ipiranga, em 1822. Foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1895 e possui um acervo com mais de 150.000 itens, consolidando-se como uma instituição científica, cultural e educacional em atuação na história.
Há um espaço dedicado aos livros — a biblioteca do museu é composta de mais de cem mil volumes, um centro de documentação histórica com 40.000 manuscritos e laboratórios de conservação e restauração.
Considerado um dos cartões-postais da cidade de São Paulo, ele foi reinaugurado no dia 7 de setembro de 2022, com vários recursos de acessibilidade e inclusão para atender a todos.
Entenda essa diversidade comunicativa e como ela é representada no novo Museu do Ipiranga, focando em acessibilidade para cegos:
- Braille: Todos os materiais para leitura têm versão em braille.
- Audioguia: Os audioguias são um sistema que descreve e explica o passeio turístico. Com recursos de acessibilidade (audiodescrição), ele pode ser acessado por meio de um programa, que pode ser baixado no celular. Caso o visitante não possua o aparelho eletrônico, há a possibilidade de retirar um tablet na bilheteria.
- #PraCegoVer: Com uma linguagem descritiva, clara e concisa, permite que pessoas com deficiência acessem os conteúdos visuais de forma audível.
- Piso podotátil: Ao longo de toda a trajetória do museu, existe o piso podotátil alerta, para indicar a presença de algum obstáculo ou mudança de direção; e o piso tátil direcional, por meio de faixas paralelas em relevo, indica o sentido do fluxo e a direção do caminho a ser seguido.
Endereço: R. dos Patriotas, 20 – Vila Monumento
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 11h às 17h.
Ingressos: A entrada é gratuita. Crianças de até 6 anos de idade não necessitam de ingresso.
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